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Araçatuba é 2ª em ranking de exportação

2007-05-11 Embarque Transporte Logistica Porto Guaruja Navio

A região administrativa de Araçatuba ficou em segundo lugar em aumento nas exportações no ranking das 15 regiões do Estado de São Paulo, perdendo apenas para São José do Rio Preto. A informação é do estudo “A importância das exportações para as regiões paulistas” divulgado ontem, pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que analisou a pauta da balança comercial dos municípios paulistas no período de 1999 a 2012. Os dados utilizados são do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

No acumulado de 13 anos, a região de Araçatuba, composta por 43 municípios, obteve crescimento superior a 900% em volume de negócios. Em 2012 o saldo de exportação ficou em US$ 516,9 milhões – o que representou 0,8% do total do Estado -, ante US$ 516,9 milhões apurados em 1999, quando a representatividade estadual foi de 0,3%.

Os principais produtos negociados no período foram a carne bovina e seus derivados e o açúcar, produzido a partir da cana-de-açúcar. Em 2012, a carne teve representação de 31%, com a venda de US$ 160,445 milhões. Já o açúcar foi o responsável por 22,6%, com aproximadamente R$ 116,768 milhões em negócios.

Os mercados que mais colaboraram para o aumento de divisas foram China (US$ 59,902 milhões), Estados Unidos (US$ 49,884 milhões) e Reino Unido, especialmente Grã-Bretanha (US$ 37,281 milhões).

Na região de São José do Rio Preto, que teve o maior crescimento porcentual do Estado, as vendas para o exterior passaram de US$ 145,349 milhões, em 1999, para US$ 1,601 bilhão, em 2012. China, EUA e Egito foram os principais compradores.

Baixo

Apesar do salto comercial, o estudo mostra que a região de Araçatuba ainda figura entre as regiões com menor valor negociado. No ranking de valores absolutos, a região ocupa a 13ª posição, do total de 15, acima apenas de Marília e Registro.

Na análise do administrador de empresas e especialista em comércio exterior pela FGV André Luiz Crevelaro Gracia, de Birigui, apesar do aumento porcentual, o açúcar é um produto de baixo valor agregado, por isso não houve reflexo considerável no saldo financeiro da balança no período. “A cana é uma commodity cujo comportamento no mercado internacional é diferente do que ocorre com produtos tecnológicos”, explicou.

Quanto à exportação dos derivados da carne, que também ajudou a alavancar o crescimento no período estudado, o especialista lembra que “o produto já não faz mais parte, com a mesma intensidade, da pauta comercial dos principais municípios exportadores da região”. Para Gracia uma inversão na balança hoje só seria possível se as indústrias investissem em produção visando o mercado externo.

Estado

No Estado, o total exportado passou de US$ 18,4 bilhões, em 1999, para US$ 65,2 bilhões em 2012, com expansão desigual entre as regiões. Aquelas que têm commodities como produtos relevantes, tais como carne bovina e, principalmente, açúcar, tiveram aumento acumulado acima do total do Estado.

(Fonte: Folha da Região – Araçatuba/SP)

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