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Aqui, tributos levam maior fatia

O alto preço da gasolina brasileira reflete a voracidade das autoridades para recolher tributos, política comparável à adotada em países europeus. Segundo levantamento do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), os impostos cobrados no País são os maiores entre os principais mercados das Américas. Para o diretor do centro, Adriano Pires, a diferença dá margem ao contrabando de combustíveis dos países vizinhos.

“Não é só Roraima que sofre com esse problema. Em determinados momentos, é vantajoso trazer gasolina da Argentina para o Sul do Brasil”, diz Pires. Em valores convertidos para o dólar, calcula, o combustível na Argentina custa metade do preço brasileiro. Lá, o litro sai a US$ 0,594. No Brasil, o consumidor paga US$ 0,544 por litro em impostos. O preço total chega a US$ 1,111 por litro.

O litro de gasolina, nos Estados Unidos, custa US$ 0,655; no Canadá, US$ 0,752; no Japão, US$ 1,156. No Brasil, o valor fica pouco abaixo de alguns dos maiores preços do mundo, os da Europa, onde os impostos são reconhecidamente altos. O estudo do CBIE aponta que, tirando os impostos, os preços são equivalentes, variando entre US$ 0,491 no Canadá e US$ 0,646 no Japão.

“No Brasil, os combustíveis representam mais de 25% da arrecadação dos Estados”, diz o presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), João Pedro Gouvêa Vieira.

Nos Estados Unidos, que incentivam o uso da gasolina, o consumidor paga apenas US$ 0,104 de impostos por litro, o que equivale a apenas 15% do preço cobrado nas bombas.

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