Conexão Startups x Usinas Sucroenergéticas foi o tema do webinar que marcou na quinta-feira, dia 25, o encerramento do 4º Seminário UDOP de Inovações, promovidos entre os dias 10 e 25 de novembro, pela UDOP – União Nacional da Bioenergia.
Segundo Rosângela M. Bombonato de Andrade, gerente de Tecnologia da UDOP, ao longo destes quinze dias o evento contou com mais de 150 palestrantes, moderadores e debatedores. Foram doze salas temáticas, 22 lives, mais de 45 horas de conteúdo de inovação, 20 debates, palestras e quatro estudos de casos.
Neste último webinar, representantes de startups apresentaram projetos de inovação, alguns já em andamento e outros em fase de finalização. Júlio César Mila, CEO da T4Agro, aceleradora de startups, que oferece os serviços das empresas para o agronegócio, disse que o objetivo é dar voz às inovações que surgem dentro do grupo.
“Temos a percepção que há muita inovação, mas falta uma investigação para as reais necessidades do mercado. Temos que entender como aquela solução vai de fato resolver o problema. Entre as soluções agronômicas em estudo, temos uma startup que desenvolve um algoritmo usando inteligência artificial para a previsão meteorológica em nível de talhão.”
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Para o diretor da Pró-Usinas e responsável pela AxiAgro, Josias Messias, otimizar o uso de máquinas e equipamentos agrícolas é estratégico para as usinas. Em sua apresentação, falou da plataforma “Axiagro – Inteligência e Conectividade” que através da integração de diversas tecnologias (computador de bordo, aplicativo android, rede de comunicação, central de informações, entre outros), tem permite às usinas extrair a máxima performance das operações agrícolas.
Segundo Messias, um dos diferenciais da plataforma é contar com uma tecnologia evolutiva, que é aderente à demanda do setor. “Tecnologia integrada e conectada, assegurando 100% da integridade dos dados (online ou offline) sem necessidade de grandes investimentos em redes de internet, permitindo ganhos consistentes com baixo custo. “A Usina São Domingos, por exemplo, ao implantar a tecnologia, aumentou em mais de 20% a moagem, usando menos colhedoras e transbordos.”
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Luiz Guilherme Lira de Arruda, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Agribela, especializada em tecnologias biológicas para o controle de pragas apresentou a “Armadilha Black Hat” desenvolvida há três anos. Tem regulagem de altura. A estrutura não é descartável, o que reduz em 40% seu custo. “Em média nossas armadilhas coletam 30% mais insetos que a delta”, disse Arruda.
Rodrigo Aznar Mendes, diretor da Autaz Soluções, apresentou como proposta de inovação a calibração dos distribuidores de insumos sólidos (“teste das bandejas”). “É hoje um processo totalmente manual, sendo assim: trabalhoso, demorado e sujeito a erros humanos. A solução: balanças embarcadas em cada uma das bandejas, com a coleta automática dos pesos em um aplicativo para tablet ou smartphone, e, também todos os cálculos e gráficos automatizados, permitindo a tara das balanças em um só clique e a repetição dos testes (novas passadas), sem demandar a coleta/limpeza das bandejas.”
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Jefferson Henrique Santos Silva, da Easy Cana, apresentou uma proposta para otimizar a operação de plantio, utilizando plantadeiras mecanizadas (mais leves e de menor custo), por meio de propágulos vegetativos encapsulados com uma alta taxa de brotação, tolerância ao armazenamento, com baixo volume de plantio e admitindo sua produção em escala comercial. Essa inovação tem como propósito aumentar a sanidade e a produtividade dos canaviais, chegando aos três dígitos.
A apresentação foi finalizada por María Victoria Nagel, responsável de desenvolvimento de Negócios da startup argentina Infira, soluções tecnológicas para uma agricultura competitiva e sustentável. Ela destacou as vantagens de uma cultura perene e disse que a Infira nasceu para trazer para o mercado de genética vegetal, tecnologia capaz de estender o ciclo de vida das plantas, transformando-as em variedades com ciclo de vida prolongado, aumentando, ao mesmo tempo, seus rendimentos e resistência.