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APPA garante pagamento da contra prova e exige qualidade da soja

O superintendente da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Eduardo Requião, garantiu o pagamento dos testes para detectar a presença de Organismo Geneticamente Modificados (OGMs) nas cargas de soja trazidas ao Porto de Paranaguá via vagões ou caminhões. As verificações acontecerão no Pátio de Triagem, mesmo em cargas que, desde a origem, apresentem laudos e certificações que “negativem” a presença de produtos transgênicos ou estejam dentro da tolerância máxima de 0,9% aceita pelo Governo do Estado “Uma polêmica que poderia existir sobre quem pagaria o custo do ‘re-teste’ já foi descartada; o Porto paga este custo, mas exige qualidade, e se for comprovado que a soja é transgênica, o terminal portuário proprietário da carga contaminada será impedido de operar no Porto de Paranaguá”, disse Requião.

A decisão sobre o pagamento de testes foi acordada durante reunião na sede da APPA, ontem, entre o dirigente portuário, o presidente da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), Eduardo Baggio, o Chefe da Seção de Fiscalização do Comércio de Agrotóxicos, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), Alvir Jacob e Carlos Alberto Salvador, também da Seab, e o Superintendente da Associação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, além de representantes de Cooperativas e terminais portuários privados.

O posicionamento do Governo do Estado (disposto em forma de lei) contrário à produção, transporte e embarque de soja transgênica foi confirmado pelo superintendente da APPA. Para ele, esse argumento é elementar para a manutenção da qualidade da produção agrícola do Paraná e da respeitabilidade da economia do Estado. “Vamos acompanhar todo o processo de recebimento da carga, desde a chegada do caminhão ao Pátio de Triagem até a descarga nos silos, garantindo a procedência e o embarque seguros. Nosso objetivo é evitar que pessoas de má fé tentem burlar os procedimentos legais e, com isso, denegrindo a imagem fortalecida dos produtores de soja tradicional e do Porto de Paranaguá”, disse Requião, lembrando de fato ocorrido há alguns meses, quando caminhoneiros trocaram suas carretas, tentando fazer com que produtos com excesso de impurezas fossem descarregados no lugar da carga de qualidade.

Para se ter uma idéia do impacto que a presença de OGMs podem provocar em cargas não transgênicas, basta lembrar que os 8% de produtos transgênicos encontrados em caminhões carregados com esta carga, transformaram-se em 95% de contaminação do silo púbico, que recebeu o produto, após a transilagem ocorrida em outubro do ano passado, quando foi detectada a presença de OGMs no Porto de Paranaguá.

O acompanhamento do toda a logística, que inclui a chegada dos caminhões e vagões no Porto de Paranaguá, será feita pela APPA, em conjunto com a Claspar, a Seab e a Ocepar, “resultando num processo seguro que proporcionará ao compradores a qualidade que eles optarem em ter ao adquirirem a soja paranaense e a brasileira, sem contaminação. Quem faz as exigências não somos nós, são os nossos clientes, são os japoneses, os chineses, os europeus, a Bolsa de Chicago, entre outros”, completou o dirigente.

Os testes realizados pela Claspar no Pátio de Triagem devem durar um período de até 6 horas, tempo que poderá provocar uma fila de caminhões dentro do próprio local, mas que, segundo a totalidade do público presente na reunião, é inerente a atividade portuária. Estas filas, entretanto, não trará prejuízos à agilidade do escoamento da safra, através do Porto de Paranaguá, que ocupa a liderança mundial em embarques do grão. (Fonte: ASSCOM – APPA)

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