Mercado

APPA diz que compradores internacionais rejeitam soja transgênica

O superintendente da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Eduardo Requião, afirmou ontem que a dificuldade encontrada para a comercialização da soja contaminada com o grão transgênico, estocada no silo público do Porto de Paranaguá, comprova o que sempre defendeu com relação a aceitação dos produtos geneticamente modificados. As mais de 62 mil toneladas de soja infectadas, transferidas pelos terminais portuários do Porto de Paranaguá para o Silão, não foram comercializadas tão facilmente como acontece com a soja convencional.

Prova disso, segundo o dirigente portuário, é que enquanto a carga era embarcada nos navios “Apostolovo” e “Petalis”, cerca de 12 mil toneladas ainda não tinham destino certo, porque não havia comprador. “Isto prova que o Governo do Paraná e esta administração portuária, ao defenderem a economia e a agricultura do Paraná, estavam em sintonia com o comércio internacional e a exigência de um produto de qualidade e confiável, o que não é o caso da soja transgênica, que ainda não apresentou resultados sobre as conseqüências que pode causar aos seres humanos e animais”, disse o superintendente da APPA.

A preocupação com as possíveis causas provocadas pelo consumo de alimentos produzidos a partir de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) alia-se a outra preocupação ligada ao setor comercial. Em encontro realizado há poucos dias com o diretor empresarial da APPA, Orsival Francisco, o operador portuário AGTL falou dos problemas encontrados no momento de se comercializar o produto transgênico, situação que não ocorre com a soja convencional, que tem aceitação em mercados como o Chinês e a Comunidade Européia. “Temos a notícia de que compradores internacionais estão pagando US$ 40,00 a menos pela tonelada da soja contaminada, representando a inferioridade do transgênico frente ao produto tradicional”, disse Francisco.

Enquanto 12 mil toneladas de soja contaminada estavam emperradas no silo público por falta de comprador, 35 mil toneladas do produto convencional, que serão embarcadas no próximo dia 30, já tem destino certo porque foram rapidamente aceitas no mercado internacional. Neste domingo, o navio “Great Glory”, de bandeira japonesa, levará o produto para a China, o maior cliente do Porto de Paranaguá na compra de soja em grãos. (Fonte: AASCOM – APPA)

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