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Aposta na auto-suficiência e no crescimento do setor

Empresa mais lucrativa do País, a Petrobras aposta na forte influência dos investimentos ligados ao setor de petróleo e gás sobre a economia do País, na grande maioria capitaneados por ela própria, para que o crescimento que vem sendo verificado mantenha-se de forma sustentada nos próximos anos. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, também diz que a conquista da auto-suficiência na produção de petróleo, quando a oferta superar a demanda de forma sustentada, a partir dos primeiros meses de 2006, será decisiva para que a economia nacional chegue ao fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em estágio melhor do que o atual.

“Agrande contribuição do setor de petróleo será a conquista da auto-suficiência nos primeiros meses de 2006, o que deixará o Brasil com relativa autonomia em relação ao mercado internacional, situação diametralmente oposta à vivida pelo País nas crises anteriores, ocorridas nas décadas de 70, 80 e 90”, afirma o executivo.

Gabrielli ressalta os maciços investimentos que a Petrobras vem realizando para aumentar a produção, que gera reflexos diretos na economia. Ele destaca que a empresa, através de suas atividades operacionais e seus investimentos com sua cadeia de fornecedores, gera um valor adicional em torno de R$ 180 bilhões por ano. Na visão do executivo, o aumento da produção de petróleo e da capacidade de refino, assim como a implementação da infra-estrutura do mercado de gás natural contribuem fortemente para a continuidade do crescimento econômico.

Posso responder pela nossa área de atuação. Até 2010, a Petrobras estará injetando na economia brasileira cerca de US$ 49,3 bilhões previstos em nosso Plano de Negócios, o que corresponderá a investimentos médios no País de US$ 9,9 bilhões por ano, praticamente suportados por geração própria de caixa observa.

O presidente da Petrobras salienta que as ações da estatal são de longo prazo e sustentáveis, portanto necessárias para assegurar ao setor de petróleo um quadro de crescimento consistente para os próximos anos. Ele lembra que tanto os projetos de desenvolvimento da produção como de construção de novas refinarias demandam de três a quatro anos e que os projetos de substituição do petróleo por combustíveis alternativos são de maturação mais longa.

Uma possível transição governamental em 2006 não deverá afetar os planos da Petrobras, principalmente em relação ao setor de Exploração e Produção, Abastecimento e Gás e Energia, que receberão os investimentos mais robustos.

Devemos continuar os projetos de Exploração e Produção, voltados para aumentar o fator de recuperação dos campos já descobertos e descobrir novas províncias em áreas de fronteira exploratória, voltadas tanto para petróleo como para o gás natural. Na área de Abastecimento, manter os projetos de ampliação e modernização de refino, visando a melhoria da qualidade dos produtos e a valorização do petróleo nacional exemplifica, lembrando ainda da expansão seletiva da petroquímica e da melhoria da logística para atendimento do mercado de petróleo, derivados e gás natural, por meio de novos dutos erenovação da frota de navios-tanque.

O próximo governo encontrará todos os projetos prioritários concluídos ou em andamento, entre os quais se destacam 16 grandes empreendimentos de produção a serem instalados até o final da década, destinados à manutenção sustentável da auto-suficiência do País em petróleo afirma.

A possibilidade de criação de 419 mil empregos totais na esteira dos investimentos de US$ 9,9 bilhões anuais indica, segundo Gabrielli, que a Petrobras está fazendo sua parte no aspecto de conciliação do crescimento econômico com a redução da pobreza no Brasil. Ele destaca ainda que outra grande contribuição da estatal é sua colaboração na implantação do programa de biodiesel, que terá grande influência na expansão do agronegócio de pequena escala, principalmente na produção de mamona.

A Petrobras desenvolveu tecnologia própria para a produção de biodiesel a partir das oleaginosas mais comuns do Brasil, como a mamona, a soja, o algodão, o girassol e outros. Em nossos estudos foram consideradas as questões sócio-ambientais, inclusive relacionadas com a pequena produção rural, e a viabilidade técnica e econômica deste novo combustível na definição da localização das primeiras plantas de biodiesel explica.

Diante das grandes perspectivas da contribuição do setor de petróleo e gás para o desenvolvimento econômico, José Sérgio Gabrielli não se esquece de enumerar os prováveis obstáculos que serão encontrados dentro do setor no médio prazo. Ele diz que a crescente demanda de petróleo e derivados, aliada à volatilidade nos preços e o aumento dos custos de serviços e equipamentos serão dificuldades no horizonte dos próximos anos.

A grande procura por equipamentos de perfuração nos últimos meses está levando a dificuldades na contratação de sondas para exploração offshore. Outro complicador da situação atual do setor de petróleo e gás é o excesso de demanda de petróleo e derivados, que não pode ser atendida com aumento imediato da oferta, uma vez que os projetos de desenvolvimento da produção e de refino existentes no mundo ainda demandam cerca de quatro anos para entrarem em operação alega.

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