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Aposta de novos negócios

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) lançou o Comitê de Agroenergia e Biocombustíveis, com a proposta de reunir representantes de todos os elos da cadeia produtiva sucroalcooleira. O grupo, que vai funcionar como um canal político-econômico do setor com autoridades, mídia e mercados, tem como prioridade discutir os desafios e identificar oportunidades no mercado mundial de energia limpa, a principal aposta da cadeia sucroalcooleira para os próximos anos.

Para se ter idéia do potencial dos negócios com energia limpa, os biocombustíveis, como o etanol de cana-de-açúcar, poderão representar 30% do mercado mundial de combustíveis usados para o transporte em 2020, de acordo com as estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE). “A busca por energia alternativa é fundamental, já que em 2010 o petróleo vai atingir seu pico de produção”, disse Maurilio Biagi Filho, um dos principais líderes da cadeia sucroalcooleira, ao assumir a presidência do comitê.

Segundo ele, a relação da produção nacional de cana-de-açúcar vai mudar nos próximos anos. Se hoje é razoavelmente equilibrada, a expectativa é que mude, com 60% da matéria-prima sendo destinada ao álcool e 40% dirigida ao açúcar. Atualmente, a produção de cana exigida no Brasil é de 403 milhões de toneladas, das quais 205 milhões (51%) são para álcool e 198 milhões (49%) para o açúcar.

A cadeia produtiva canavieira nacional movimenta cerca de US$ 60 bilhões por ano. É formada por aproximadamente 320 usinas, outras 50 estão sendo instaladas com investimentos de R$ 20 bilhões, 65 mil produtores independentes de cana-de-açúcar e 3 milhões de trabalhadores. As exportações do setor devem gerar US$ 3,6 bilhões no ano-safra 2005/06

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