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Apesar de rejeição do governo, canavieiros ainda lutam pela subvenção

“O Congresso Nacional pode vetar o veto da presidente Dilma Rousseff e é isso que vamos solicitar dos nossos parlamentares”. Com essa frase, Alexandre Lima, presidente da Unida, se mostrou esperançoso apesar da rejeição por parte do governo federal da subvenção canavieira que servirá para amenizar os prejuízos da seca no Nordeste. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (8/5), no Diário Oficial da União. Uma das medidas emergenciais em prol da reivindicação foi a reunião que aconteceu ontem, dia 8, em Brasília, de dirigentes do Nordeste com o presidente do Senado, Renan Calheiros.

O veto da presidente Dilma Rousseff ao pagamento do subsídio econômico que seria destinado aos 21 mil produtores nordestinos de cana-de-açúcar atingidos pela maior seca dos últimos 40 anos, causou indignação e surpresa na classe produtiva da região. “Foi uma notícia desastrosa para toda a classe, pois contávamos com essa subvenção para amenizar o nosso prejuízo”, lamentou o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso.

As justificativas destaca o limite orçamentário do Governo como um dos principais fatores. A Unida, entidade que representa os órgãos de classe do setor nos estados da região Nordeste, questiona a justificativa. “A presidente mostrou-se insensível com a classe produtora, que amargou prejuízos por causa da seca, e vislumbrava na subvenção um alento para amenizar a situação”, destacou o presidente da Unida, Alexandre Lima.

A subvenção econômica, inserida na MP 587, foi criada pela própria presidente Dilma ainda enquanto era ministra da Casa Civil no segundo governo Lula. Há três anos, o produtor recebe subvenção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), oriundo da fonte orçamentária OC2 do Ministério da Agricultura. Até o ano passado, a subvenção equivalia a R$ 5,00 por tonelada de cana fornecida às usinas, até o limite de mil toneladas por produtor. Este ano, a proposta aprovada pela Câmara Federal elevava esse valor para R$ 10,00 por tonelada, mantendo o mesmo limite por produtor.

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