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Apenas 1,5% das terras aráveis são de cana

O Brasil investiu cerca de US$ 20 bilhões nos últimos cinco anos para construir 115 usinas de cana-de-açúcar, chegando hoje a um total de 430, informa Eduardo Leão, diretor-executivo da Unica. Cerca de 15% da cana moída produz etanol, o restante é direcionado para açúcar refinado e bioeletricidade. Segundo ele, o plantio de cana ocupa, em média, 1,5% das terras aráveis do país, o equivalente a 4 milhões de hectares, sem prejudicar a produção alimentícia.

– Só de pastagens, temos 160 milhões de hectares, que são subutilizados – defende Leão. – O país tem, em média, uma cabeça por hectare. Se a proporção fosse 1,5 cabeça por hectare (como acontece em São Paulo), poderíamos liberar 60 milhões de hectares para o cultivo de cana.

Leão explica que toda a cana é usada. “A partir do bagaço, geramos 1,5 vez a energia elétrica de Itaipu, quase 15 mil megawatts por ano, o equivalente a 15% da demanda nacional”, explica.

Leão conta que mais de 40% da frota brasileira são flex fluel (bicombustíveis), quase 11 milhões de veículos.

Além disso, a gasolina no Brasil leva 25% de etanol em sua composição.

– Quando o preço do etanol está alto, os consumidores optam pela gasolina e normalmente os preços se ajustam – cita Leão.

Cerca de 30% do álcool consumido no Brasil deixa de pagar uma parte dos impostos, uma perda de R$ 1 bilhão por ano na arrecadação do governo, de acordo com o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras (Sindicom), Alísio Vaz.

– Podemos ter o álcool definitivamente no mercado interno, mas esta prática ilícita atrapalha.

Domingo, 11 de Julho de 2010

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