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ANP descarta risco de desabastecimento de combustíveis

Já Petrobras admite risco de desabastecimento em alguns postos do país

ANP descarta risco de desabastecimento de combustíveis

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informa que vem mantendo contato com os agentes do mercado para avaliar os cortes feitos pela Petrobras na entrega de derivados, e descarta o risco de desabastecimento de combustíveis no país.

A manifestação se deu após nota divulgada na última quinta-feira (14) pela Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) na qual afirma que diversas empresas filiadas foram avisadas pelo setor comercial da Petrobras sobre cortes unilaterais nos pedidos de fornecimento de gasolina e óleo diesel para novembro deste ano.

Segundo a Brasilcom, os cortes chegam a 50% em alguns casos. A entidade afirma que a medida coloca o país “em situação de potencial desabastecimento, haja vista a impossibilidade de compensar essas reduções de fornecimento por meio de contratos de importação, considerando a diferença atual entre os preços do mercado internacional, que estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil”.

A ANP informa que “está adotando e vai adotar todas as providências necessárias para minimizar qualquer problema decorrente desses cortes”.

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As empresas reclamam ainda que os preços praticados pela Petrobras vêm afastando importadores. Ao mesmo tempo, a estatal brasileira não tem dado conta de atender à demanda das distribuidoras regionais, que, com escalas menores de volumes, são, em geral, afetadas muito rapidamente nos momentos em que a estatal pratica preços abaixo da paridade internacional.

Em comunicado,  a Petrobras admite risco de desabastecimento em alguns postos do país e informou que não conseguirá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para o próximo mês. A justifica é que a demanda foi atípica, com solicitações acima de sua capacidade de produção. De acordo com a Estatal, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e a por gasolina 10%, em comparação a novembro de 2019, representando mais de 100% do mercado brasileiro.