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Anjo da Guarda ajuda 420 crianças no MS

Retirar crianças carentes das ruas e oferecer condições dignas de sobrevivência, despertando-as para diversas atividades é os principais objetivos da Fundação José Silveira Coutinho, no município de Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul (MS), através do Projeto Anjo da Guarda. As mantenedoras do programa são as usinas Santa Helena, Santa Fé e Colorado, que pertencem ao grupo Silveira Coutinho. Hoje, o projeto está implantado em Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul, atendendo 420 crianças que desenvolvem pelo menos 15 atividades.

A maioria é criança de famílias de baixa renda e de funcionários das empresas que ganham até R$ 500,00 por mês. O projeto foi criado inicialmente para atender apenas os filhos dos funcionários, mas hoje cerca de 57% dos assistidos são da periferia da cidade. No passado os investimentos na iniciativa ultrapassaram R$ 160 mil e 95% desses recursos são das empresas citadas. O restante vem de algumas pequenas parcerias, incluindo a Prefeitura de Nova Andradina, mas que é considerado irrisório pelo custo do trabalho.

A idéia do Projeto Anjo da Guarda foi implantada em outubro de 1998, em Nova Andradina, pelo presidente da Fundação José Silveira Coutinho, Benedito Silveira Coutinho. O objetivo era atender 130 crianças e adolescentes, entre 4 e 16 anos, dependentes dos funcionários das empresas do grupo. Em 1999, um ano depois, a fundação decidiu ampliar o projeto, criando o mesmo sistema também no município de Nova Alvorada do Sul, atendendo 90 crianças. Como o trabalho deu certo e Benedito Coutinho percebeu a grande dificuldade dos dois municípios em atender essa área social, resolveu abri-lo para a comunidade.

Segundo o presidente do grupo, ele sentiu que o problema das drogas, prostituição infantil e crianças desocupadas nas ruas era muito sério e por isso resolveu contribuir desta forma, para tentar ajudar as crianças e adolescentes. Benedito faz questão de destacar que esse sempre foi um sonho de seu pai, José Silveira Coutinho, homenageado com o nome da fundação e, ainda, uma prática sempre desenvolvida por sua família, desde a época em que estavam radicados na Bahia. O presidente só reclamou da falta de ajuda de outros segmentos, inclusive do poder público, que poderiam contribuir para ampliar ainda mais o atendimento.

O Projeto Anjo da Guarda funciona em dois turnos na sede da associação dos funcionários das usinas, com a qual foi feito um sistema de comodato para a utilização. No período da manhã são assistidas as crianças e os adolescentes que estudam à tarde e vice-versa. Estar no ensino regular é uma das exigências. A exceção são as crianças que não estão em idade escolar, que são aceitas no projeto por solicitação das próprias famílias, já que os pais não teriam com quem deixá-las.

A coordenadora pedagógica do projeto, Maria Auxiliadora de Araújo, que é a responsável por toda a parte prática, disse que dois ônibus do grupo se encarregam de buscar todos os menores em pontos estratégicos próximos às suas residências de levá-los de volta. Ao chegar, a primeira atividade é uma oração com todos e a partir daí eles vão praticar esportes e receber atendimento na área de saúde e psicológica, participar de trabalhos artesanais, culturais e uma série de outras atividades. Eles também recebem refeições reforçadas, cujo cardápio é preparado por uma nutricionista.

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