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Análise laboratorial do óleo avalia saúde da frota

Antes que o caminhão, colhedora, trator ou qualquer veículo da frota interrompa seu trabalho por falha mecânica, o melhor mesmo é fazer a manutenção programada — chamada, na maiora das vezes, de manutenção preventiva —, que recomenda a verificação e troca de componentes e peças de acordo com as orientações do fabricante. Se a opção da área de motomecanização da usina for pela manutenção preditiva, os resultados poderão ser surpreendentes.

A Usina São Carlos, de Jaboticabal (SP), resolveu adotar esse método na análise laboratorial do óleo lubrificante. “A avaliação físico-química do produto revela as condições mecânicas do veículo, demonstrando a necessidade, ou não, de uma intervenção corretiva. A presença de alumínio pode indicar algum problema no pistão. A de cromo, nos anéis do pistão”, exemplifica João Fernando Tavares, gerente da oficina automotiva da usina.

Nesse diagnóstico da saúde da frota, é preciso considerar a influência de alguns fatores externos como a variação das condições climáticas. “A presença de silício – que aparece em solos arenosos — no óleo, em período muito seco, não indica necessariamente que algo vai mal, principalmente se ocorrer uma redução desse contaminante logo após a primeira chuva”, observa João Fernando. Além de possíbilitar o tratamento do “paciente” sem abrí-lo, a análise laboratorial oferece um ganho adicional: possibilita prorrogar o período de troca de óleo lubrificante e da transmissão. “Era comum a troca de óleo a cada cinco mil quilômetros. Com a evolução do produto, esse procedimento passou a ocorrer a cada dez mil. A análise laboratorial permite constatar o grau de deterioração do óleo e a possibilidade de adiar a troca”, afirma Janir Reis Matos, coordenador do Grupo de Mecanização do setor sucroalcooleiro.

O gerente da oficina da Usina São Carlos lembra que a manutenção programada e a preditiva não são viáveis caso a frota seja muito antiga. “Nessa situação, a única alternativa é a corretiva”, diz ele, que é, também, membro do Grupo de Mecanização. Para otimizar a área de transporte, as usinas estão buscando as melhores alternativas para solucionar as questões referentes aos consertos de veículos em lavouras distantes da unidade industrial. “A manutenção corretiva de caminhões pesados e semi-pesados está sendo assegurada, em alguns casos, por contratos com oficinas especializadas que atendam determinadas regiões”, informa Janir. Cada usina define um caminho de acordo com a sua situação. “A tendência não é a tercerização”, diz ele. A São Carlos, por exemplo, prefere realizar a manutenção corretiva na própria usina, inclusive das colhedoras. “No nosso caso compensa, porque temos oito máquinas”, avalia o gerente da oficina.

As diversas questões relacionadas à manuitenção da frota são discutidas nas reuniões do Grupo de Mecanização que ocorrem na última terça-feira de cada mês, em locais diferentes. “Divulgamos, por exemplo, os fornecedores que prestam serviços de qualidade. As reuniões estão abertas para os profissionais de transporte que atuam nas usinas”, convida Janir.

Serviço

Grupo de Mecanização janirmatos@yahoo.com

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