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Votação de projeto que permite venda direta de etanol é aguardada nesta quarta-feira

Feplana cobra votação depois de quatro adiamentos

Sessão da Comissão de Energia da Câmara (Foto: Arquivo)

O Projeto de Decreto Legislativo (PDC 978/18) sobre a não exclusividade da venda de etanol por distribuidoras volta à pauta de votação da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal.

A Comissão deve apreciar a pauta a partir da manhã desta quarta-feira (20/11).

Esta será a quarta tentativa de votação em poucas semanas.

Segundo a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), os adiamentos ocorreram apesar da propositura garantir a redução no preço do etanol para o consumidor.

 

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Redução de preços

Essa redução, conforme a entidade, se á por conta da economia logística no transporte do combustível da usina para o posto.

A economia, emenda, ocorre como demonstrado pelo voto em separado do deputado federal Elias Vaz (PSB/GO), que estará sendo apreciado na sessão dessa quarta-feira.

“Esperamos que novos instrumentos procrastinatórios não sejam usados na votação de amanhã por deputados que defendem a exclusividade da venda do etanol por distribuidoras, mantendo a exclusão da participação direta das usinas neste mercado”, afirma Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana. 

“A venda direta é uma opção a mais para os postos comprarem o etanol. Não é uma exclusividade para as usinas, como hoje é para as distribuidoras”, atesta Lima. 

Questões econômicas

Andrade Lima explica que como a venda direta será uma opção, o posto de combustível, por questões econômicas obvias, só comprará do local (usina ou distribuidora) onde o preço é mais barato.

E, no caso dos postos onde há usinas por perto, o etanol mais barato será da usina, pois o custo logístico será menor que o das distribuidoras.

Isso sem falar de o preço do etanol não ter o acréscimo diante da margem de lucro das distribuidoras.

Por esta razão, Lima garante que continuará sensibilizando mais deputados em defesa da livre concorrência e não reserva de mercado.
“Enquanto isso não ocorre, fica prejudicado o consumidor, uma vez que o etanol continua mais caro para o usuário diante da soma dos custos logísticos do transporte do etanol das usinas para os centros das distribuidoras e depois para o posto de combustível, além da margem de lucro dos distribuidores. E perde ainda toda cadeira produtiva do etanol, impedida de vender o seu combustível”, critica Lima.

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