JornalCana

Usinas investem em ferramentas de medição e acompanhamento online

Tecnologia auxilia na definição de estratégias para otimizar a recepção, preparo e extração da cana

Sensores, redutores, medidores e ferramentas de software que avaliam um conjunto de informações em tempo real, são as armas que as usinas estão utilizando para otimizar o processo de recepção, preparo e extração da cana.

O assunto foi tema da Quarta Estratégica do JornalCana, desta quarta-feira, dia 10, que contou com a participação de Fábio Godinho, diretor da Pro-Systemas Automação Industrial; Douglas Mariani, engenheiro químico sênior, especialista de aplicação da Soteica e Rafael Purcena Borges, coordenador de extração da SJC Bioenergia URD – Usina Rio Dourado.

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Sob o patrocínio das empresas BioCon, Pro-Systemas e S-PAA-Soteica, o webinar “SINATUB – Recepção, Preparo e Extração” teve a condução do jornalista Alessandro Reis, do JornalCana.

Segundo o engenheiro Douglas Mariani, da Soteica, responsável pela ferramenta S-PAA, “tudo começa com a triangulação da moenda que define a relação de fibra, rotação e moagem, que é ajustada em tempo real pelo SPAA e a partir destas informações a gente passa o observar todo processo. Segundo ele, o diferencial do S-PAA, é que ele olha a qualidade da cana e a capacidade de absorção de caldo e processamento, calculando a vazão e embebição em tempo real, permitindo operar com máxima eficiência.

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Douglas Mariani

Mariani informou que atualmente os volumes gerenciados pelo S-PAA incluem mais de 68 plantas industriais, que processam 110 milhões de ton/cana e produzem 5,5 bilhões de litros de etanol/safra, 160 milhões sacas açúcar/safra, e 8,2 GWh/ano de energia, com retorno médio de R$ 2.800.000,00 por projeto.

O engenheiro explica que o software permite um amplo controle de todo o processo. Desde a definição da vazão com base em embebição % fibra definida pela usina (avalia a qualidade da matéria prima (fibra e POL da cana); avaliação da extração em tempo real (umidade e POL do bagaço); avaliação do balanço de caldo tratamento.

Nas destilarias o S-PAA tem o objetivo de estabilizar o fluxo de caldo desde a moenda até o mosto, definir a vazão de embebição, mantendo a estabilidade do fluxo que leva a maior capacidade de processamento.

Temos a capacidade de implementar várias estratégias, explica Marini. “Com o NIR extração é possível entender a variabilidade da fibra da cana e adequar o controle do conjunto a ela, antes mesmo do seu processamento. O S-PAA também calcula o balanço de massa da moenda e define a faixa de rotação que se pode buscar, estabilizando todo o processo levando a uma extração maior.”

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Fábio Godinho

Fábio Godinho, diretor da Pro-Systemas Automação Industrial, empresa que desde 2004, atua no mercado de fabricação de equipamentos para automação, com sede em Ribeirão Preto – SP, para a área de embebição, sugere a implementação de duas variáveis importantes no processo: o deslocamento de rolo e a análise da umidade do bagaço online.

Com a implementação de equipamentos como o sensor de analisador de umidade online PS-UM03. “Um equipamento bem robusto, não temos até aqui nenhum histórico de desgaste. Indicamos a instalação destes sensores, tanto na bica de saída da moenda como na chapa após o pente do último terno da moenda.

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Esse equipamento também tem sido utilizado para a medição de umidade da biomassa em caldeiras, tanto para bagaço como para cavaco, e tem trazido bons resultados proporcionando um controle mais fino na combustão da caldeira”, disse Godinho.

Rafael Purcena Borges, da SJC Bioenergia, apresentou o conjunto de ações determinantes para a evolução da capacidade de moagem na unidade Rio Dourado, que saiu de um difusor de 12 mil para chegar a 17 mil toneladas, um aumento de 5.800 na moagem.

A unidade conta com um Difusor Sermatec 9,9m x 60m, com capacidade nominal de 12.000 TCD e Moenda Simisa 90″.

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Rafael Purcena Borges

Em 2014 a unidade tinha uma moagem de 13.206,56 ton. Em 2015 com a implementação do check list operacional on-line, subiu para 14.114,38 ton. De 2016 a 2018 as ações incluíram: elevação da altura do colchão, implantação de dois motores de média 3.000CV, aumento de um passe da rosca afofadora, que ficou com 5 passes, adição de um conjunto redutor na esteira de borracha e um conjunto redutor na esteira de arraste, nova triangulação da moenda e camisa alta drenagem e utilização de medidor de vibração online SKF.

“Em 2019, iniciamos com treinamentos operacionais mensais, adequação na altura do tambor alimentador e implementação do S-PAA, que iniciou controlando o gerador de energia, e agora controla também a embebição e vazão de caldo. Também adotamos dois redutores 3G full na moenda e medidores de vibração online KFC e estamos com 17.041,40 toneladas”, contou.

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Como principal ponto para a eficiência em extração, Borges destacou o monitoramento da Open Cell; Embebição % Fibra; Temperatura do difusor e monitorar a vazão de caldo. “Todo esse quarteto trabalha junto”, disse.

 

 

 

 

 

 

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