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Usinas do Centro-Sul devem focar na produção de etanol, afirma Platts Analytics

Produção de açúcar no Centro-Sul no início da safra deverá cair 56%

A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil deve totalizar 278.900 toneladas na primeira quinzena de abril, uma queda de 56% ano a ano. É o que revela pesquisa da S&P Global Commodity Insights com dez analistas, divulgada na terça-feira, dia 26.

“O início da safra 2022/23 deve testemunhar a menor moagem de cana desde a safra 2014-15”, segundo a Platts Analytics da S&P Global, área da empresa responsável por projeções de cenários e de preços. “A moagem de cana abaixo da média em 2014/15 e as safras atuais de 2022/23 foram causadas por chuvas abaixo da média durante o ano-safra.”

Dos dez analistas consultados, duas grandes tradings estimaram que a moagem total de cana estaria entre 7,5 milhões de toneladas e 8 milhões de toneladas. A estimativa média era de uma moagem total de cana de 9,47 milhões de toneladas, uma queda de 39,6% ano a ano.

A proporção de cana utilizada para a produção de açúcar deverá ser de 28,3%, abaixo dos 38,7% do ano anterior. Esperava-se que os produtores brasileiros aproveitassem o recente alto preço do etanol durante os estágios iniciais da safra, mas as expectativas de longo prazo são de que as usinas maximizem sua produção de açúcar durante a segunda metade da safra.

O açúcar recuperável por tonelada de cana-de-açúcar, ou ATR, deverá ser de 108,76 kg por tonelada métrica, uma queda de 0,8% ano a ano.

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O índice Platts da S&P Global avaliou que o etanol hidratado em usina de Ribeirão Preto convertido em equivalente de açúcar bruto estava em 22,36 centavos/lb em 25 de abril. O contrato futuro de açúcar de julho NY11 fechou em 26 de abril a 18,88 centavos/lb, um desconto de 3,48 centavos/lb sobre o preço do etanol hidratado expresso em açúcar bruto equivalente.

“No início da safra, as usinas do Centro-Sul estarão focadas na produção de etanol, que atualmente está pagando um prêmio sobre o açúcar”, disse a Platts Analytics.

A produção total de etanol de cana-de-açúcar e milho deverá ser de 539,4 milhões de litros, uma queda de 27% ano a ano.

A produção de etanol hidratado era de 454 milhões de litros, segundo a média das respostas dos analistas à pesquisa. Isso representaria uma queda de 27,8% ano a ano. A produção de etanol anidro no primeiro semestre de abril estava prevista para ser de 76 milhões de litros, uma queda de 29,9% ano a ano, de acordo com o levantamento.

 

 

 

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