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Usinas de Minas Gerais reduzem produção de hidratado

Campos: projeções
Campos: projeções

Ao contrário do açúcar, a produção total de etanol em Minas Gerais está em queda. Até outubro já haviam sido produzidos 2,45 bilhões de litros, retração de 8,52%. A produção esperada é de 2,69 bilhões de litros.

No caso do hidratado, o volume já atingiu 1,44 bilhão de litros, queda de 19,25% frente ao volume produzido em igual período do ano anterior. Com a aproximação do fim da safra, os preços do etanol hidratado perderam a competitividade frente a gasolina e estão com a paridade variando entre 76% e 78%.
“A relação de preços entre hidratado e a gasolina está bem elevada, em torno de 76% e 78%.Temos sentido a demanda pelo etanol retrair. O consumidor está usando a flexibilidade do carro e optando pelo combustível mais barato”, explicou o presidente-executivo da Siamig, Mário Campos.
Já a produção de etanol anidro, combustível que é adicionado a gasolina, cresceu 12,85%, somando 1 bilhão de litros até o fechamento de outubro. De acordo com Campos, os preços do etanol anidro estão estáveis há cinco semanas, saindo das usinas em média a R$ 2,1 por litro.
Com os preços estáveis do etanol anidro nas usinas, o presidente-executivo da Siamig afirmou que não se deve atribuir ao valor do etanol anidro a culpa pelo preço da gasolina não cair nas bombas, após as reduções anunciadas pela Petrobras.
A expectativa da Petrobras era de uma queda de até R$ 0,10 por litro da gasolina nos postos de combustíveis, resultado das duas quedas consecutivas de preços. A primeira redução no valor da gasolina nas refinarias, 3,1%, foi anunciada em outubro, e a segunda, de 3,2%, em novembro.
“O não repasse da queda dos preços da gasolina aos consumidores vem sendo atribuído ao aumento do preço do etanol anidro, o que não é verdade. O anidro responde por apenas 16% da formação do preço da gasolina. Então para que qualquer tipo de redução nos preços da gasolina tenha efeito contrário, os preços de etanol deveriam ter uma alta muito expressiva, o que não ocorreu, já que estamos trabalhando com valores estáveis há cinco semanas”, disse Campos. (Diário do Comércio)

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