JornalCana

Usinas contribuem para amenizar impactos da Covid-19 à sociedade

Autoridades e representantes de ONGs ligadas ao setor explicam

Grupos e usinas do setor sucroenergético estão unidos para dar suporte à sociedade civil na luta contra à Covid-19. A pandemia também adequou as usinas de cana aos padrões exigidos por lei para saúde e segurança do trabalho. Além disso, a ação estratégica de SSMA garantiu o planejamento inicial de safra e ainda permitiu que as operações se tornassem mais eficientes.

Agora, na segunda onda, os desafios continuam, porém, mais uma vez, o setor mostra ser um exemplo competente contra o coronavírus, por meio de ações de prevenção e segurança nas operações. Mas o grande destaque nesse momento é como as usinas apoiam a sociedade através de doações de alimentos, EPIs voltadas para atendimento médico, álcool 70% entre outras necessidades importantes.

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Luciano Rodrigues

Para dar mais visibilidade e fomentar essas ações, o JornalCana promoveu no dia 28 de abril, a live USINA DO BEM: A contribuição das usinas à sociedade na luta contra a Covid-19 para mostrar depoimentos de autoridades e representantes de entidades beneficiadas com doações de usinas.

“Nos juntamos à ONG Banco de Alimentos na campanha “O Brasil que come, alimenta o que tem fome”. Essa é uma ampla campanha para captar R$ 1 milhão em doações para os mais atingidos pela crise da pandemia, capitaneada pela ONG Banco de Alimentos, que possui 23 anos na batalha diária contra a fome e o desperdício de alimentos no Brasil. Para contribuir basta acessar o site bancodealimentos.org.br”, explicou Josias Messias, diretor da Procana e moderador do evento online.

A live teve patrocínio da AxiAgro; da GDT by Pró-Usinas; da HRC; da Project Builder; S-PAA Soteica e da Telog e contou com as presenças de Brenda Lopes, diretora de Projetos do Instituto Manguezal; Caique Rossi, prefeito de Penápolis (SP); Ciro Veneroni, prefeito de Avanhandava (SP) Dr. Rodrigo, prefeito de Barbosa (SP); Jorge Uatanabi do Prado, secretário de saúde de Guaíra (SP); Luciano Rodrigues, assessor Econômico da UNICA e José Rubens de Carvalho, o ‘Rubikinho”, coordenador do Projeto “Agro Contra o Câncer”, do Hospital do Amor de Barretos.

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José Rubens de Carvalho, o ‘Rubikinho

Luciano Rodrigues apresentou um panorama geral das ações feitas pelas usinas durante a pandemia. Ele ressaltou que, mesmo tendo sofrido os impactos da pandemia, as usinas implantaram medidas para garantir a proteção dos seus colaboradores, inclusive, foi criado um Protocolo da Covid-19 pela UNICA que colaborou neste sentido, garantindo a continuidade das atividades.

Na sequência, organizaram doações significativas de álcool 70% com a entrega de 1,4 milhão de litros para o estado de São Paulo e a distribuição de mais 600 para outros estados. Além dos 332 mil litros doados em outubro passado para garantir a realização das eleições.

“Individualmente, as usinas também fizeram as doações de álcool gel e 70%, equipamentos, máscaras e cilindros de oxigênio às entidades e hospitais, deram apoio psicológico aos funcionários. O setor tem se colocado de forma bastante importante em todas as demandas, cada uma fez na sua região”, afirmou.

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Caique Rossi

José Rubens de Carvalho, o ‘Rubikinho”, detalhou as dificuldades enfrentadas pelo Hospital de Amor, de Barretos – SP, a maior instituição de tratamento oncológico da América Latina, que atende 225 mil pacientes de 2345 cidades de todos os estados por ano, além de milhares de exames de mamografias e exames de papanicolau realizados pelas unidades móveis que circulam até uma distancia de 250 km das unidades físicas da instituição.

“O déficit mensal do hospital é de R$ 30 milhões a R$ 32 milhões. Por isso, precisamos da ajuda de todos e o agro tem conseguido contribuir para nos ajudar”, disse. Uma das ajudas é feita através do Projeto Energia do Bem, iniciativa idealizada pela Comerc Energia, com o intuito de reduzir o custo de energia do hospital, realizando a migração da energia através do mercado livre de energia, proporcionando uma redução média de 30% na conta da instituição.

“Temos uma conta entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões por mês e as usinas estão doando em torno de 30% em energia. Fazem parte deste projeto a Tereos, a Viralcool, a Cofco, a Cocal, a Colorado, a São José da Estiva; a Ipiranga, a São Martinho e a Santa Isabel. Se cada uma das outras usinas também fizessem doações, em pouco tempo, estaríamos pagando zero de energia”, afirmou.

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Dr. Ricardo

Outro projeto do qual o segmento participa é o Agro contra o Câncer, pelo qual   são doados R$ 0,03; R$ 0,05, R$ 0,07 ou R$ 0,10 por cada tonelada de cana que o fornecedor entrega na usina. “Já temos diversos fornecedores doando e as usinas que já aderiram ao programa é a Pedra, São Martinho e Jalles Machado, de Goiás”, contou.

Além disso, Rubikinho ressaltou que, desde o início da pandemia, o hospital não precisou comprar nenhum litro de álcool 70% e álcool gel. “Ganhamos também máscaras, equipamentos de proteção individual. As usinas na região de Barretos nos atenderam de uma maneira impressionante. Somos gratos ao trabalho das usinas, pelo que elas têm feito há muito tempo. Realmente as usinas fazem uma diferença muito grande na vida das pessoas”, finalizou.

O prefeito de Barbosa -SP, Dr. Rodrigo, destacou o apoio da Usina Diana com doação de álcool 70%, teste de Covid-19 e todo benefício ao município, através da geração de empregos e renda, oferecendo mais segurança às pessoas neste momento tão difícil.

“A principal fonte de geração de emprego e renda são as usinas aqui na nossa região. Além da Diana, a Ipanema começou a funcionar o ano passado e trouxe também um grande benefício para o município e este ano, deve entrar em funcionamento a Aliança”, disse.

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Jorge Uatanabi do Prado

Caique Rossi, prefeito de Penápolis -SP, afirmou que as usinas Diana e Clealco são parceiras e já contribuíam bastante antes mesmo da pandemia. “Fizemos um movimento para arrecadar insumos e equipamentos para Santa Casa do município, que tem mais de 100 anos e atende mais de 100 mil habitantes das sete cidades da nossa região, e as usinas nos ajudaram. A Usina Diana fez doações significativas, entre elas, um leito completo para o hospital, passando de R$ 100 mil em doações. E a Clealco, doou 1500 litros de álcool 70% e tende complementar com uma doação de R$ 30 mil”.

César Miranda

Jorge Uatanabi do Prado, secretário de saúde de Guaíra -SP, explanou sobre o relacionamento com as usinas situadas na região do município guairense, como a Tereos, a Guairá e Colorado, que doaram além de álcool 70%, cestas básicas, insumos hospitalares, respiradores e cilindros de oxigênio, entre outros.

“Antes da pandemia, recebemos uma doação de R$ 150 mil da Tereos que nos ajudou a adequar o hospital local, trazendo o pronto-socorro para o local. A usina também doou álcool 70%. A Guaíra cestas básicas e álcool 70%. Além disso, acompanhei o protocolo de segurança e prevenção à Covid-19 que também muito contribuiu para o controle da pandemia”, esclareceu. Prado ainda citou a doação de 710 cestas básicas e álcool gel feita em parceria com a Coopercitrus.

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César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, disse que o setor sucroenergético é fantástico e comentou sobre as doações feitas pelas usinas, como os mais de 300 mil litros de álcool no início da pandemia, o empréstimo de cilindros de oxigênio e outras doações.

Brenda Lopes

“Em um final de semana arrecadamos R$ 1 milhão para comprar 230 cilindros e 750 cargas. Foi uma iniciativa coordenada pelas usinas, que também nos ajudaram com a doação para a fabricação de 100 mil litros de álcool gel produzidos com a Universidade Federal de Mato Grosso”.

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Ciro Veneroni

Brenda Lopes, diretora de Projetos do Instituto Manguezal, detalhou a ajuda da Usina Pagrisa, localizada em Ulianópolis – PA, para a criação do projeto Manguezal, que gerou emprego e renda, além de contribuir com o meio ambiente com a coleta seletiva de lixo. “O investimento inicial para a implantação do projeto foi de R$ 200 mil”, contou.

Ciro Veneroni, prefeito de Avanhandava -SP, ressaltou a sensibilidade dos proprietários da Usina Diana, Ricardo e Renata, que sempre contribuem com o município. “Em uma visita às escolas do município, a Renata viu os computadores velhos e fez a doação de 60 tablet. A Usina dá ainda apoio para projetos de esporte e sociais. Doaram álcool 70% também. São nossos parceiros”, concluiu.

 

 

 

 

 

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