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Usina São Luiz, da Abengoa, é disputada por três grupos do setor

Decisão do leilão judicial deverá sair no dia 16 de setembro

O novo dono da usina São Luiz, da Abengoa Bioenergia, será conhecido na próxima semana. Três grupos apresentaram o lance mínimo de R$ 385 milhões no leilão judicial da unidade, sendo que as condições de pagamento deverão ser decisivas para definir o certame. Os credores divulgarão a decisão no dia 16 de setembro.

Localizada em Pirassununga (SP), a usina São Luiz tem parque industrial de cogeração moderno, além de capacidade para moer até 3 milhões de toneladas de cana por temporada, embora esteja com uma taxa de ociosidade de 35%.

As propostas para compra da usina, que será recebida como unidade produtiva isolada (UPI), sem dívidas, foram apresentadas até o dia 31 de agosto e vieram da Ferrari, Grupo Vale do Verdão e dos empresários Mario e Adriano Dedini Ometto.

A oferta do Grupo Vale do Verdão é pagar R$ 20 milhões em 30 dias, R$ 20 milhões em 60 dias e R$ 25 milhões em 90 dias. A partir de julho de 2021, iniciariam o pagamento de outras 16 parcelas de R$ 20 milhões, corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Grupo Vale do Verdão tem três unidades em Goiás

A proposta do grupo foi considerada a melhor devido aos prazos de pagamento. Com três unidades localizadas em Goiás – a Vale do Verdão, Panorama e Floresta – a companhia processa sete milhões de toneladas por safra e  tem faturamento anual de R$ 1,1,bilhão.

Sua controladora, a Fronteira SA, tem também a unidade Cambuí, que junto com as outras usinas, fatura próximo de R$ 1,5 bilhão, o que garantiria o pagamento e novos investimentos na unidade adquirida.

“Agora é aguardar o posicionamento dos credores”, afirmou o presidente do Grupo, Sergino Ribeiro de Mendonça Neto, ao JornalCana.

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Ferrari tem unidade no mesmo município que a São Luiz

A Ferrari, que tem uma unidade no mesmo município que a São Luiz, a proposta é dividir a usina em duas empresas, uma agrícola e outra com ativos de cogeração. Assim, o pagamento de R$ 20 milhões seria feito após a transferência da companhia agrícola, que emitiria novas dívidas aos credores não sujeitos aderentes, aos credores essenciais e aos quirografários.

No caso das dívidas dos não aderentes e dos quirografários seriam pagas em parcelas corrigidas pelo CDI para os créditos em reais ou pela Libor para os créditos em moeda estrangeira. Para os essenciais, a correção seria pelo INPC.

Procurados por esta reportagem, a empresa não quis se manifestar.

A outra oferta partiu dos antigos donos, Mario Dedini Ometto e seu filho, Adriano Gianetti Dedini Ometto, que ainda possuem parte do terreno onde está a usina e fornecem cana de suas fazendas à unidade.

A proposta dos empresários é pagar R$ 20 milhões em 90 dias após o recebimento da São Luiz, R$ 139 milhões em até 71 meses e, a partir do 72º mês, pagariam R$ 33,5 milhões.

Os R$ 192,498 milhões restantes seriam pagos em nove parcelas anuais a partir do 84º mês, sendo as parcelas mensais corrigidas pelo INPC, e a anual, pela taxa referencial – hoje em 0%. Os ex-usineiros não se manifestaram sobre o leilão até o fechamento desta matéria.

 

 

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