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Usina Santa Lúcia faz investimentos para reduzir 40% da captação de água

Projeto possibilitará fazer a fertirrigação em 100% das áreas e economizar com logística

A Usina Santa Lúcia, de Araras (SP), fez a maior safra de sua história, processando 1.590.850 toneladas de cana-de-açúcar, que foram destinados à produção de 108.761 toneladas de açúcar e 52.108 m3 de etanol. A usina produziu ainda 39.883 toneladas de melaço e a energia comercializada chegou a 34.036 MWh.

A matéria-prima foi plantada em uma área de 17.171 hectares, sendo 47,1% cana própria e de acionistas e 52,9% de parceiros. O rendimento agrícola geral foi de 92,7 t cana/ha, com ATR de 141,76 e o Rendimento Industrial registrou 129,36 kg de açúcar/t de cana, com aproveitamento de 91,3%.

“A expectativa para o próximo ciclo, que se inicia em abril, é manter o mesmo mix e volume de cana, pois, apesar das expansões de área, a seca deve promover uma quebra na produção”, disse Rafael Ometto do Amaral, engenheiro de produção da Santa Lúcia.

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Amaral recebeu o troféu JornalCana Next, na edição 2020 do MasterCana Brasil.

Amaral afirmou que, a exemplo dos investimentos feitos no último ano para ampliar a cogeração e melhorar sua planta industrial, a usina vem apostando em inovações para otimizar seus processos. Em 2020, implantou o S-PAA na cogeração, atuando através de Laço Fechado. A ferramenta é uma plataforma integrada de inteligência artificial que faz a otimização em tempo real da planta industrial, atuando em laços fechados nas malhas de controles existentes e em laços abertos rodando o PDCA Online.

Agora, a companhia mira na maior sustentabilidade de seus processos, com o comissionamento de um novo aparelho de destilaria de 500 m3/dia, com peneira molecular de 300 m3/dia e concentrador de vinhaça acoplado para obter menos vinhaça por litro de etanol. Assim, os três aparelhos de destilação antigos serão aposentados e o novo será instalado contendo já o concentrador de vinhaça.

“Vamos passar de 13 litros de vinhaça para apenas dois litros por litro de etanol. Dessa forma, conseguiremos fazer a fertirrigação em 100% das áreas e economizar com logística, pois transportaremos um volume menor”, explicou.

O engenheiro de produção ressalta como outro ponto importante a economia de captação de água bruta com a reutilização do condensado de vinhaça. “A economia de captação de água deve reduzir mais 40%”, explicou Amaral, que recebeu o troféu JornalCana Next, na edição 2020 do MasterCana Brasil.

Esta matéria faz parte da edição 323 do JornalCana. Para ler, clique AQUI!

 

 

 

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