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Usina do Mato Grosso investe na construção de planta de biogás

Projeto, em sua fase inicial, conta com parceria da Geo Biogás & Tech

A Uisa e a Geo Biogás & Tech, referência na utilização de resíduos orgânicos para produção de biogás, firmaram acordo para a construção de uma planta anexa ao complexo industrial da usina, localizado em Nova Olímpia (MT). Está prevista a geração de cerca de 200 empregos, entre postos diretos e indiretos, com a construção da nova unidade.

A planta irá converter em biogás os resíduos líquidos e sólidos (vinhaça, torta de filtro e palha) resultantes do processamento de cana-de-açúcar, outras biomassas e resíduos agroindustriais locais, servindo também como uma plataforma de tratamento de efluentes orgânicos.

O biogás obtido na unidade da Uisa Geo Biogás vai permitir, na primeira fase do projeto, a geração de 32 mil megawatts por hora no ano (MWh/ano) e de 64 mil MWh/ano em sua segunda fase. Essa energia é suficiente para abastecer, por exemplo, uma cidade de 40 mil habitantes.

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José Fernando Mazuca Filho, presidente da Uisa

Além da geração de energia elétrica, a planta também produzirá biofertilizantes, que serão utilizados pela Uisa no cultivo da cana, e o biometanocombustível renovável e carbono neutro que pode substituir o uso do diesel e do GLP em tratores, caminhões e processos industriais. O projeto prevê a produção total de 10,2 milhões de metros cúbicos de biometano por ano (Nm3/ano). Em sua segunda etapa, o projeto prevê a conversão do biogás em outros produtos como amônia, metanol e hidrogênio verde.

Segundo o CEO da Uisa, José Fernando Mazuca Filho, a utilização de resíduos sólidos (torta de filtro e palha) possibilitará a oferta de biogás durante o ano todo, evitando a sazonalidade da safra canavieira e garantindo o abastecimento de biometano aos clientes industriais e outros parceiros.

“A integração do processo de biogás na biorrefinaria reduz custo com ganho de eficiência, aumenta a receita do complexo industrial por tonelada de biomassa processada e com a substituição de diesel e adubo fósseis, por biometano e biofertilizantes melhoramos a nossa pegada de carbono, e aceleramos o processo de descarbonização da matriz energética e agrícola do país”, afirma Mazuca.

O projeto UISA Geo Biogás será o quarto realizado pela Geo Biogás & Tech, líder em pesquisa e no desenvolvimento do setor de biogás no Brasil. Com 3 plantas em operação (Tamboara, Raízen Geo Biogás e Cocal Geo Biogás), a empresa já investiu mais de R$450 milhões em projetos de biogás e, em conjunto com seus parceiros, gera anualmente em torno de 41 MW de potência equivalente.

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Alessandro Gardemann

“Nossa parceria segue em linha com o propósito da Geo de transformar resíduos orgânicos, sólidos e líquidos, da agroindústria como a vinhaça e torta de filtro, em fonte renovável de matéria-prima para produção de biogás, biofertilizantes, biocombustíveis e geração de energia elétrica em escala, capaz de mover os ponteiros do nosso sistema energético”, diz Alessandro Gardemann, CEO da companhia.

“O biogás é alternativa de fonte firme, despachável e escalável para descarbonizar setores como o transporte pesado, a indústria consumidores de GLP e óleo combustível”, completa.

“Queremos que a Uisa seja líder no processo de transição da matriz energética, em linha com o movimento global de redução do uso de combustíveis fósseis. A geração de energia a partir de resíduos resultantes de nosso próprio processo produtivo é algo que materializa a nossa visão de sustentabilidade. Vamos dar uma importante contribuição para a definição de novo perfil da matriz energética do país, o que beneficia diretamente toda sociedade”, conclui o presidente da usina. 

 

 

 

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