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Térmica com MWh a mais de R$ 600 é usada para fortalecer sistema

 

dieselO Ministério de Minas e Energia (MME) garante: as usinas térmicas com custo de geração superior a R$ 600 pelo megawatt-hora (MWh) não precisarão ser religadas de forma contínua para atender ao Nordeste brasileiro.

Mas o MME admite: essas térmicas continuam usadas para fortalecer o sistema, de forma eventual, em horários de pico.

Enquanto o governo federal assume mais de R$ 600/MWh pelas térmicas, a maioria movida a fontes poluentes como óleo diesel, as unidades termelétricas (UTEs) movidas a biomassa de cana-de-açúcar recebem teto de pouco mais de R$ 30/MWh no mercado spot.

Em material oficial, o MME admite que o acionamento de térmicas com MWh superior a R$ 600 também serão usadas para substituir outras térmicas em manutenção, ou compensar alguma restrição elétrica que dificulte o abastecimento de outra fontes.

Fora do cálculo

Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), o custo dessas térmicas, quando usadas dessa forma, não entra no cálculo das bandeiras tarifárias, que é restrito às usinas escaladas no Programa Mensal de Operação (PMO), que descreve todas as usinas que serão utilizadas durante o mês (com revisão semanal).

Já o uso dessas térmicas mais caras é definida na Programação Diária da Operação Eletroenergética e em Tempo Real.

Conforme o MME, mesmo que o custo do uso eventual dessas térmicas mais caras, por algumas horas do dia, fosse incluída nas bandeiras tarifárias, não teriam peso suficiente para alterá-las, por tratar-se de uma pequena quantidade de energia.

Segundo o ONS, essas térmicas representaram apenas  1,97%  de toda a geração térmica do país ocorrida no período de 3 a 13 de janeiro de 2016. Foram somente 2.642 MWmédios, dentro de uma geração térmica total de 125.186 MWmédios, no período.

Melhoria esperada

Essa situação de segurança  poderá até melhorar ao longo do ano, segundo a avaliação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), reunido nesta semana. O abastecimento da região continuará sendo feito sem sobressaltos com a geração, mesmo reduzida, das usinas do rio São Francisco; com os parques eólicos da região, que continuam em expansão; com a importação de energia do Norte e do Centro-Sul; e com as térmicas de base da região.

E, a partir do momento em que os reservatórios da região norte estiverem mais cheios, a exportação de hidroeletricidade para o Nordeste poderá aumentar, reduzindo ainda mais o uso dessas térmicas eventuais em horários de pico de consumo.

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