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Pernambuco amplia áreas irrigadas

A utilização de técnicas de irrigação na região Nordeste é uma tendência crescente desde a década de 90, segundo executivos do setor sucroalcooleiro. O clima seco e quente da região favorece a utilização de sistemas de irrigação e fertirrigação como forma de garantir uma boa produtividade da área ocupada pelos canaviais. “As estiagens registradas na década de 90 consolidaram a chamada irrigação de salvação, voltada para garantir o desenvolvimento e a sustentação das áreas de socaria”, explica o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha.

Segundo ele, esta modalidade é bastante utilizada pelas usinas localizadas na Zona da Mata Norte de Pernambuco. A estimativa é de que entre 70% e 80% das usinas e destilarias desta área utilizem a irrigação de salvação. Normalmente a água utilizada por estas empresas é originária de rios e riachos da região ou por represas e barragens construídas pelas próprias empresas.

A utilização de pivôs centrais – que registram um bom rendimento e podem ser utilizados em qualquer fase de crescimento da planta tem o seu uso concentrado em áreas planas. Esta tecnologia é relativamente pouco utilizada em Pernambuco em função da topografia acidentada. A irrigação por inundação é mais utilizada na região Oeste do Nordeste.

“Esta técnica é usada em áreas bastante planas e tem como base o know-how australiano. Já o gotejamento é pouco utilizado em Pernambuco podendo até mesmo ser considerado que ainda está em fase de testes em Pernambuco”, analisa Cunha. De acordo com o executivo do Sindaçúcar, a Zona da Mata Norte de Pernambuco possui cerca de 30 mil hectares de cana-de-açúcar irrigados.

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