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Saiba quais são os impactos do inverno para a cana-de-açúcar

O pesquisador Claudio Lazzarotto apresenta dados sobre o tempo

Prejuízo por falta de chuvas e La Niña é um evento normal, mas a intensidade este ano foi um pouco maior declarou o pesquisador Claudio lazzarotto, da Embrapa Agropecuária Oeste, durante apresentação de sua palestra “Inverno 2021: o que temos de previsão?”, no 6º Ciclo de Seminários Agrícolas Cana MS, no último dia 24.

“Houve prejuízo muito maior nas lavouras de grãos do que na de cana-de-açúcar, mas logicamente faltou água para o desenvolvimento, para o plantio para todos os processos fisiológicos da cana também. A única atividade favorecida foi a colheita, porque essa não parou”, disse.

O La Niña já não é mais um fenômeno preocupante, já passou. ‘Nós tivemos o retorno das chuvas no início de junho que proporcionou condições ambientais melhores para a lavoura.” No final do ano, meses de novembro, dezembro e janeiro haverá um rápido impacto da La Niña novamente. “Mas isso é muito pequeno, é só uma ressurgência. A gente não precisa se preocupar, sem alteração maior de temperatura e de chuvas”, afirmou Lazzarotto.

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A normalidade de chuva que se espera é que chova cerca de 60 mm em julho e cerca de 50 mm em agosto, mas com as chuvas iniciando na segunda quinzena de setembro. “A análise da temperatura do La Niña nos diz muita coisa”. As temperaturas máximas frequentemente estiveram acima de 30º C. As temperaturas mínimas, na primavera e verão, mantiveram-se acima dos 20º C. “Isso significa que, apesar de estarmos no La Niña, estávamos em uma normalidade climática para o La Niña”.

Frio intenso

Com a frente fria que atingiu o país nesta semana, a temperatura despencou, chegando próximo a zero em alguns locais, como no caso da região de Ribeirão Preto – SP, principal região produtora de cana do Brasil, que pode registrar temperatura de até 2º Celsius até sexta-feira (2).

De acordo com o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima, em boletim divulgado nesta quarta-feira (30), já há relatos de geadas que atingiram plantações de milho, café e cana-de-açúcar, principalmente no sul de SP, no Mato Grosso do Sul e norte do Paraná.

Segundo Santos, as geadas foram amplas, severas e podem ter atingido drasticamente algumas dessas lavouras.

 

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