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RenovaBio evidencia ainda mais a relevância do Brasil no mercado bioenergético mundial

Programa é riqueza compartilhada, apontam especialistas

O RenovaBio poderá impulsionar toda cadeia produtiva do segmento de bioenergia por meio do compartilhamento da receita entre usinas, indústria de base, produtores e os demais elos da cadeia produtiva.

“O programa trabalha com um processo de elo, a descarbonização criou esse mercado e essa nova riqueza, que é compartilhada. O processo do mercado é simples: gera mais receita, que gera mais investimentos, que nutre a indústria de base, fortalece o produtor e que impacta os demais setores envolvidos no fornecimento de serviços e produtos”, disse Evandro Gussi, presidente da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), durante webinar promovido pela FENASUCRO & AGROCANA TRENDS, no dia 25 de março.

“Ao receber os recursos da descarbonização, a usina investirá em novos projetos para aumentar as reduções de carbono e isso irá movimentar a indústria de base, que vive uma grande ociosidade no momento. Os investimentos já começaram e com a consolidação do RenovaBio tudo vai melhorar. A sustentabilidade é a palavra para os novos negócios”, afirmou o presidente do CEISE Br, Luís Carlos Júnior Jorge.

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“Teremos uma reação em cadeia em diversos setores. Em 2021, até março, já foram alcançados 24% da meta do ano e percebemos que isso está com um movimento muito forte no exterior, o que tem gerado muitos negócios”, conta Luís Carlos Bróglio, diretor técnico comercial da General Chains.

De acordo com Jacyr Costa Filho, do Comitê Executivo do Grupo Tereos e presidente do Cosag (Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp), o RenovaBio estimula a geração de novos produtos e inovação em relação à eficiência para conquistar novos mercados.

“A indústria está se diversificando, já passou pelo açúcar, pelo etanol, pela cogeração, agora temos o biogás e o CBIO. O biogás será um novo produto que trará ganhos importantes no aumento da cogeração, que será um foco de atenção muito grande. Além disso, o crédito de carbono é cotado a 40 euros na Europa. Em relação ao ano passado, quase que dobrou a cotação e ainda tem uma tendência de alta. Isso é uma oportunidade fora do Brasil, já que a Europa estuda a possibilidade de contratação fora do território”, comentou.

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Mauro Arnaud de Queiros Mattoso, chefe do departamento do Complexo Agroalimentar e de Biocombustíveis do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), explicou que a instituição possui diversas linhas para auxiliar nos futuros projetos.

“O BNDES possui linhas de financiamento para os produtores, para renovação de frota e para aquisição de equipamentos que podem ajudar todos os elos da cadeia. O programa focado no RenovaBio irá financiar as empresas com base no potencial no fator de emissão, que se tiver um aumento receberá descontos na taxa aplicada”, disse.

Paulo Montabone, diretor da FENASUCRO & AGROCANA, ressaltou que o Brasil é referência em tecnologia para biocombustíveis e bioenergia e vem ganhando mais relevância com o RenovaBio. “Estamos atraindo o interesse de muitos outros que vêm para cá em busca de alternativas, exemplos e soluções. Temos um potencial gigantesco neste sentido”, concluiu.

Esta matéria faz parte da edição de março do JornalCana.

 

 

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