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Próton ajuda a bater metas de produção, reduz custo e aumenta segurança

Robô de chapisco eletrodo é solução definitiva para rolos superiores de qualquer tamanho de moenda

O conceito de Usina 4.0 é uma realidade e as unidades produtoras estão em busca de adequação. Para que isso ocorra é fundamental que os fornecedores dessa cadeia ofereçam produtos e serviços que contribuam com o desafio de superar essa barreira tecnológica.  

Nesse quesito, a Duo Automation é um ótimo exemplo. A empresa disponibiliza ao mercado desde 2018 o Robô Próton: uma novidade tecnológica para chapisco automático com eletrodo que está ajudando grupos e usinas a bater metas de aumento na produção, redução de custo e estabilidade em segurança.  

Marcos Lima, engenheiro especialista em robótica e diretor de engenharia da Duo Automation afirma que o Robô Próton é a solução definitiva para o chapisco dos rolos superiores de qualquer tamanho de moenda. “O software do robô permite um chapisco perfeito com a gramatura ideal, uniforme em todos os frisos, protege a camisa, melhora o arraste e dá estabilidade para a moenda. Além disso, não deixa soldas no fundo do friso, o que evita quebras de picote e pentes, diminuindo o gasto de manutenção”.  

De acordo com Lima, o Próton é todo conectado e alinhado com o conceito de Indústria 4.0, oferecendo relatórios na nuvem sobre a quantidade de eletrodos gastos e a produtividade por turno. “O robô Próton traz relatórios de indicadores prontos tanto no celular quanto no computador, diminuindo o tempo e gastos apurando números e escrevendo análises. A integração tecnológica também disponibiliza replicação de melhorias e correções de software mais rapidamente para o parque instalado de robôs através da internet”, destaca Lima.  

A patente do equipamento, informa o especialista em robótica, é exclusivamente nacional e internacional e está disponível ao mercado desde 2018 — mas esteve, segundo Lima, em desenvolvimento por mais de cinco anos — apoiado pela Fapesp e pela Desenvolve SP por se tratar de um produto completamente inovador.  

Além do modelo que opera nos rolos superiores da moenda a Duo Automation possui outros tamanhos. “O robô conta com diferentes tamanhos com capacidade de atender a necessidade de sua moenda independentemente do tamanho das camisas. Temos um tamanho ideal de robô para cada usina”, ressalta Marcos Lima, que revela que há também um modelo que está sendo projetado para atender os rolos inferiores da moenda. O protótipo está em fase de testes na Usina Barra Bonita, do Grupo Raízen 

Próton chapisca, com eletrodo, até três camisas completas por dia

Mais que inovação o robô entrega resultados. É possível obter redução de até 1,5% na humidade do bagaço e 240 eletrodos de produtividade. O robô faz até três camisas completas por dia — o dobro de um chapiscador manual que faz em média 40 eletrodos por turno em 8 horas.  

Marcos Lima oferece mais explicações: “A economia do robô em relação ao operador é grande, graças ao tamanho padronizado e reduzido de bitucas, como resultado da programação; outro fator é o jato de água que limpa o friso para melhor penetração do material. É importante frisar que o melhor consumível para realizar chapisco em moendas é o eletrodo. Seu custo em relação ao arame chega a ser quatro vezes menor. A quantidade de quilos de eletrodo utilizada é menor e reduz o ciclo de chapiscos”, garante.  

Ainda dentro do escopo de redução de custos operacionais da moenda, o engenheiro especialista em robótica informa que o chapisco ideal melhora o arraste mantendo o bagaço no ponto de pressão dos rolos, contribuindo na redução de consumo de energia. Há também o ganho produtivo, uma vez que o chapisco robótico com eletrodo colabora para um melhor resultado de moagem e extração. A uniformidade do chapisco também proporciona maior estabilidade para o rolo, além dos ganhos relacionados à umidade. “Comprovamos a redução da umidade do bagaço em nossos clientes com a aplicação do robo”, conta Lima. 

Eficiência do robô se destaca e mais usinas passam a utilizá-lo    

Marcos Lima: dez unidades produtoras já operam o Próton em suas indústrias

O projeto do Próton nasceu em 2011 como resultado de um pedido exclusivo feito por um grande conglomerado do setor para atender uma necessidade iminente à época: aumentar a segurança na operação de chapisco na moenda. Foram cinco anos de pesquisa e desenvolvimento aplicados no protótipo do robô operando em testes no campo, até que em 2016 a empresa percebeu que não havia no mercado um equipamento que aplicasse o chapisco com eletrodo e cumprisse seu papel com eficiência. Fator que os motivou em 2016 e 2017, já como um projeto piloto, testar o Próton em várias unidades pra desenvolvê-lo ao projeto ideal. Em 2018 e 2019 o Próton, agora finalizado e pronto para atender as expectativas de mercado, foi utilizado por várias usinas obtendo resultados significativos.  

Além de todas as vantagens do uso do eletrodo, o robô Próton melhorou a eficiência da aplicação comparada com a aplicação manual, baixando a humidade do bagaço e colaborando para melhora dos índices de extração. As usinas, portanto, também adotam o robô porque a atividade de chapisco nas partes superiores da moenda é insalubre e o robô substitui o trabalho manual deixando o operador de chapisco menos exposto.  

De acordo com a empresa, dez unidades produtoras já operam o Próton em suas indústrias e o mercado está crescendo. Outras usinas já fizeram o teste piloto e estão em vias de iniciar um contrato com a Duo Automation. Fora um grande grupo que testou dois robôs em 2019 e solicitou a empresa equipamentos para mais de dez unidades em 2020. “Nossa perspectiva é de ter 30 robôs disponíveis no mercado — triplicando a atual quantidade. Esperamos crescer em 2020 cerca de 300% em relação ao 2019”, afirma Renan Carvalheira, diretor financeiro da Duo Automation.  

Cocal possui Próton chapiscando eletrodo nos cinco rolos superiores da moenda

Borin, da Cocal: aplicação melhora eficiência de extração do açúcar 

A Usina Cocal, unidade Narandiba iniciou em 2018 um trabalho de adaptação da tecnologia às características de sua moenda de cinco ternos, sendo um de 100” e 4 de 90”. Operação que se estendeu até a safra 2019 e garantiu uma aplicação de chapisco com eletrodos, de forma segura, com boa qualidade, com um consumo adequado e boa aderência do material; além de eliminar a operação manual em razão de fatores ergonômicos e segurança aos colaboradores, informou Geraldo José Borin, diretor industrial corporativo da Cocal.  

“Hoje temos um equipamento aplicando material de forma automatizada nos 5 rolos superiores na unidade de Narandiba, e estudamos aplicar nos rolos inferiores. Queremos também levar a tecnologia para a Unidade de Paraguaçu Paulista”, conta Borin que atestou a qualidade do robô. “A aplicação é uniforme e precisa, o que contribui para proteção das camisas, possibilita melhor preparo da cana (terno a terno) e maior na eficiência de extração do açúcar, e oferece mais segurança às pessoas”, conclui. 

Usinas que operam o Próton nos rolos superiores da moenda: 

– Grupo São Martinho – Pradópolis e Santa Cruz. Já estão equipando as demais moendas do grupo

– Usina Cocal – Narandiba

– Usina São Manoel

– Usina Batatais – Lins

– Usina São João – Matriz

Unidades fizeram o piloto e estão em vias de iniciar contrato:

– Usina Delta

– Usina Adecoagro

– Grupo Biosev – Unidade Vale do Rosário

– Usina Colombo

Modelo de locação dispensa altos investimentos da usina 

Equipe técnica da Duo Automation

 O robô Próton não foi projetado apenas para ser eficiente e moderno, mas para garantir economia às usinas. Para a utilização do equipamento a usina não precisa comprá-lo. A empresa o oferece através de um contrato de locação, que é vantajoso para as usinas, pois podem obter alta tecnologia operando em suas indústrias sem necessidade de realizar grandes investimentos em compra de maquinário. “A locação inclui instalação do robô na moenda, treinamento da equipe operacional e manutenções do equipamento durante toda safra. Além disso, possuímos peças de reposição para concerto rápido em diferentes polos regionais espalhados pelo Estado de São Paulo, para dar celeridade na manutenção. Há também um hotline dedicado com acesso imediato aos robôs. Tudo para dar ao gestor industrial o máximo de segurança possível”, explica o diretor financeiro da Duo Automation, Renan Carvalheira.  

Ele também informa que caso haja necessidade de troca completa do equipamento a empresa tem a sua disposição um robô reserva. “Sem contar que há um cronograma de revisão dos robôs com visita mensal de um técnico para manutenção preventiva, com checklist para averiguação de pontos elétricos e mecânicos”, complementa Carvalheira.  

Duo Automation é especialista em robótica e possui 27 anos de experiência

Fundada em Santa Bárbara do Oeste (SP), a Duo Automation possui 27 anos de experiência realizando diversos projetos para grandes clientes tanto no Brasil quanto no exterior. A empresa cresceu no mercado brasileiro atendendo indústrias de manufatura que utilizam Máquinas Operatrizes CNC, Robôs e Máquinas Especiais.  

A partir de 2010 a empresa focou no setor sucroenergético, por acreditar que este é um mercado de grande futuro, graças a produção de combustível limpo e alimentos. Em 2011 surgiu seu primeiro desafio e a empresa fundou um novo braço de atuação para atender o mercado sucroenergético e desenvolver o robô Próton. 

Confira matéria completa na edição 313 do JornalCana clicando aqui.

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