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Preço de venda de eletricidade do bagaço de cana está ruim. E ficará pior ainda. Entenda isso em 4 explicações

 

preVender energia elétrica produzida pela biomassa da cana-de-açúcar no mercado spot registra preços péssimos.

Até a próxima sexta-feira (04/03), por exemplo, o indicador de teto de preço do megawatt-hora (MWh) no spot, o chamado Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), está em R$ 30,42 no Sudeste, onde está a maioria das unidades termelétricas (UTEs) de usinas de cana-de-açúcar.

Os R$ 30,42 representam o valor mais baixo de venda de energia cogerada dos últimos quatro anos.

Leia mais: Valor para venda de MWh é o pior em 4 anos

Mas o cenário de preços péssimos para as UTEs de biomassa não vai melhorar. A avaliação é de Rodrigo Sacchi, gerente de preço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que faz a gestão do PLD.

Confira a seguir as análises da CCEE, que apontam para a continuidade de recuperação das afluências e da melhora no armazenamento dos reservatórios, mantendo o PLD em valores mínimos.

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Todos os submercados (regiões que dividem o território nacional) apresentaram aumento em seus reservatórios, em especial no Sudeste, que fechou fevereiro com Energia Natural Afluente (ENA) em 89% da Média de Longo Termo (MLT). Houve recuperações significativas tanto no Nordeste, quanto no Norte

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O Sudeste tem apresentado um comportamento de afluências diferente do que costuma ser observado nessa época do ano. Quando se observa a ENA de fevereiro, ela se comporta como se fosse abril, dois meses adiantado. O que era esperado para o mês de abril, está acontecendo em fevereiro. Essa situação não se repete em todo o país, apesar das altas afluências no geral. Ao contrário do comportamento do Sudeste, o Nordeste apresenta comportamento com dois meses de atraso

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Em relação ao PLD, as projeções preveem valores próximos ao valor mínimo (R$ 30,25/MWh), sendo o Nordeste o submercado com maior redução do preço. No Nordeste, a tendência é de queda ao longo dos próximos meses, podendo atingir o mínimo em junho de 2016, conforme projetado desde o início do ano. O PLD da região começou o mês de março em R$ 223,17/MWh, preço 8% abaixo dos R$ 243,41/MWh em que terminou fevereiro.

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O Encargo de Serviços para o Sistema (ESS) preliminar para março deve totalizar R$ 382 milhões, fechando o ano de 2016 em R$ 2 bilhões, menos da metade do total consolidado no ano passado, que ficou em R$5,6 bilhões. Em relação ao fator de ajuste do MRE (GSF), os dados mostram um comportamento bastante favorável. O MRE deve apresentar um retorno de 90% de energia alocada no mês de fevereiro. Em março estima-se algo em torno de 97,7%. No ano, a estimativa é de 92,7%

 

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