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Plano de recuperação do Grupo Moreno pode ser aprovado amanhã (11)

Assembleia de credores já foi adiada outras vezes

A expectativa é que uma solução seja encontrada na assembleia de credores do Grupo Moreno, que acontece virtualmente, nesta quarta-feira (11). Com dívidas que giram em torno de R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão com bancos, a companhia está em recuperação judicial desde setembro de 2019.

O Grupo Moreno é composto pelas usinas Central Energética Moreno Açúcar e Álcool Ltda (CEM), localizada em Luiz Antônio; Central Energética Moreno de Monte Aprazível Açúcar e Álcool Ltda (CEMMA), em Monte Aprazível (SP) e Coplasa – Açúcar e Álcool Ltda. (Coplasa), em Planalto (SP). Além das empresas Agrícola Moreno de Luiz Antônio (AMLA), Agrícola Moreno de Nipõa Ltda (AMN) e Planalto Bioenergia Spe Ltda.

As unidades produtoras de açúcar, etanol e energia têm capacidade para moer 13 milhões de toneladas de cana por safra O grupo emprega cerca de 5 mil pessoas e gera mais de 15 mil empregos indiretos. Com o plano de RJ, a companhia pretende superar a crise e reestruturar seus negócios, preservando assim, a sua atividade que tem influência em 52 municípios. Além é claro, de honrar seus compromissos.

Na assembleia desta quarta-feira (11) será votada uma nova versão do plano de Recuperação Judicial da companhia, que envolve a criação de três unidades produtivas (UPIs) a serem compostas com a CEM, com venda imediata e com a CEMMA e Coplasa, a serem vendidas somente no transcorrer do processo de recuperação, caso não haja a possibilidade do grupo Moreno arcar com os compromissos assumidos no plano de RJ.

Segundo a ata da reunião, o valor mínimo obtido com a venda das unidades deverá ser de R$ 1 bilhão – R$ 900 milhões em até dois anos e R$ 100 milhões em prazo de até três anos.

LEIA MAIS > Grupo Moreno pede recuperação judicial

Outras assembleias já foram realizadas para definir o plano de RJ, mas foram suspensas por não haver acordo entre as partes envolvidas, explica o advogado Donaldo Luis Paiola, que representa cerca de 750 fornecedores de cana e parceiros agrícolas (arrendatários de terra), credores do grupo.

“Os bancos não aderiram ao plano apresentado pelo Grupo Moreno, pois estão defendendo os seus direitos e querem receber o valor da dívida em um prazo mais curto, mas acredito que há grandes chances do plano ser votado amanhã”, afirmou.

De acordo com Paiola, a dívida com os fornecedores e parceiros gira em torno de R$ 80 milhões. “Com a aprovação do plano, as dívidas de até R$ 19 mil serão pagas em até 30 dias da homologação do plano. Fornecedores e parceiros que têm dívidas entre R$ 19 mil e R$ 100 mil, receberão em 24 parcelas iguais. Já quem tem dívida acima de R$ 100 mil receberá em 36 parcelas, sendo 30% do valor no primeiro ano, 30% no segundo e 40% no terceiro”, explicou o advogado.

Paralelo ao processo, o Grupo Moreno continua suas atividades e projetos com a comunidade. No último dia 29 de outubro, a companhia recebeu o Prêmio MasterCana Social 2020. O grupo foi premiado na categoria Qualidade de Vida, um reconhecimento à sua dedicação aos projetos sociais praticados nas comunidades em que atua. “A premiação reforça o compromisso com nossos seus colaboradores e as comunidades onde estamos inseridos”, conclui a empresa.

 

 

 

 

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