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Mário Campos é eleito presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool

Executivo tem boas perspectivas para a próxima safra

O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Campos, de forma unânime, foi eleito hoje (24), presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool, ligada ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para Campos trata-se de uma grande responsabilidade que assume, principalmente ao substituir a profícua administração realizada na Câmara pelo presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Lima Andrade. Além da grande satisfação de presidir o órgão na gestão da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do seu secretário-executivo, Marcos Montes.

“Tenho uma grande disposição para fazer uma gestão com a mesma qualidade das anteriores, que tanto ajudaram a construir uma câmara setorial sólida, apoiada pelos vários segmentos envolvendo o setor”, afirmou.

Perspectiva é de cenário positivo para a próxima safra

Em entrevista ao JornalCana, o executivo ressaltou a resiliência do setor sucroenergético, que mesmo diante dos impactos da pandemia da Covid-19, não parou e conseguiu fazer uma boa temporada. Isso também vale para Minas Gerais, que conseguiu colher a maior safra de sua história.

“Moemos mais de 70 milhões de toneladas de cana. Um recorde também na produção de açúcar, que somou 4,7 milhões de toneladas, volume 47,8% superior às 3,19 milhões de toneladas produzidas na safra passada”, disse, comentando que a produção de etanol fechou em 3 bilhões de litros e a de bioeletricidade foi suficiente para atender a população com segurança e regularidade.

MG teve a maior safra de sua história

Campos destacou ainda que 2020 foi o ano que atingiu o maior nível de sacarose por tonelada de cana na série história que contempla a era da mecanização. “A qualidade da cana também foi boa em função da estiagem que tivemos ao longo do ano, porém, o déficit hídrico irá impactar o próximo ciclo, então, a nossa expectativa é que a moagem seja menor”, explicou.

Para a safra 2021/22, Campos estima também que o setor terá grandes oportunidades ainda no mercado de açúcar, com preços remuneradores. O mix deverá continuar açucareiro, em função das fixações feitas pelas usinas, que aproveitaram os bons preços em reais por tonelada do alimento, ao longo do ano. Ao mesmo tempo, há também uma expectativa de manutenção de preços remuneradores de etanol, mesmo que a produção seja mais baixa.

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“Também há perspectiva boa para energia elétrica, até em função da estiagem, que deixou o nível dos reservatórios mais baixos. Com isso, o preço da energia subiu, ao contrário do que ocorreu no primeiro semestre de 2020, quando o preço estava bem baixo em função da queda da demanda devido ao isolamento imposto pela pandemia. Isso pode dar um impulso à produção de bioeletricidade este ano”, disse.

Campos indica ainda outro fato que leva à essa janela de oportunidades, é que ocorreu uma condição mais de estabilidade, praticamente sem crescimento na oferta.

Com o RenovaBio entrando no segundo ano de funcionamento e todos os olhares voltados à sustentabilidade, o que abre um leque de bons negócios para o setor bioenergético, a safra que começará em abril deverá ser boa. “A ressalva é a possiblidade de queda da safra em função da estiagem que castigou os canaviais em 2020″, concluiu Campos.

 

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