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Maggi desiste da análise sobre o fim da taxação do etanol dos EUA, diz Feplana

No centro da polêmica com o setor sucroenergético, desde que informou  à mídia sobre a possibilidade do fim da recente taxação da importação do etanol nos próximos dois anos, o ministro da Agricultura Blairo Maggi enterrou tal ideia na quarta-feira (31/01). A informação, repassada pelo presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Andrade Lima, revela que em audiência em Brasília o gestor da pasta garantiu ao deputado líder dos Democratas na Câmara Federal, Efraim Filho, e ao secretário paraibano da Agricultura, Rômulo Montenegro, que “não há mais previsão de reversão da taxa para o período”.

“O assunto está resolvido. O ministro se mostrou sensível e afirmou de forma categórica não mexer na questão nos próximos dois anos”, contou Efraim a representantes do setor canavieiro. Andrade Lima revela que a reunião com Maggi foi marcada pelo político após a sua participação, na segunda-feira (29/01), em evento da União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida), realizada na Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). Ambas as entidades são filiadas à Feplana.

O evento da Unida, em João Pessoa, contou com uma ampla bancada presente de deputados federais e estaduais e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB). Todos defenderam a manutenção da referida taxação, a qual já não é do grande total do etanol dos EUA que é importado, mas tão somente de 600 milhões de litros.

O encontro ainda marcou a posse do então presidente da Asplan (José Inácio Morais) na condição de novo presidente da Unida. Foi ele que organizou o evento e aproveitou para solicitar aos políticos para que eles reajam contra ações que venham a afetar a economia frente o impacto negativo à cadeia produtiva da cana.

Bancada

A Feplana parabeniza a iniciativa da Unida e da Asplan e agradece à bancada dos políticos paraibanos, em especial ao deputado Efrain Filho, por intervir em favor do setor sucroenergético junto a Maggi. O setor tem sofrido no mercado interno de etanol diante do amplo crescimento da concorrência desleal com o etanol dos EUA, sem a taxação de 2011 até agosto de 2017, e sua subtaxação desde então. Entre janeiro e julho do último ano o Brasil importou 1,35 bilhão de litros, ante 821,6 milhões de litros em 2016.

“Em 2017, tivemos um aumento de 128% na importação do etanol que entra pelo porto do Maranhão com redução de impostos, em qualquer época, prejudicando toda indústria nacional”, criticou Lima.

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