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Má notícia: preço da eletricidade feita da cana seguirá baixo no mercado spot

O Preço da Liquidação das Diferenças (PLD), que serve de indicador para remunerar o megawatt-hora (MWh) produzido pela biomassa da cana-de-açúcar, deverá chegar a dezembro com valor 56,60% inferior ao praticado nesta semana, ou seja, entre 26/09 a 02/10. 

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que faz a gestão do PLD, projeção preliminar aponta que o preço do PLD deve atingir o patamar de R$ 100/MWh em dezembro próximo, valor 56,60% inferior aos R$ 206,68/MWh praticados nesta semana.

Pior: o PLD deverá alcançar R$ 30/MWh a partir de abril de 2016, que o valor do piso mínimo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O bagaço é a principal matéria-prima das usinas para fazer eletricidade
O bagaço é a principal matéria-prima das usinas para fazer eletricidade

Segundo a CCEE, além de influenciar na redução dos valores do PLD, as afluências contribuíram para a manutenção dos níveis de armazenamento nos respectivos submercados.

“As afluências de setembro, no Sudeste e Sul, foram bastante favoráveis quando comparamos com os índices do mês anterior e foram essenciais para a manutenção do PLD bem abaixo do teto estabelecido para 2015, além de ajudar nos níveis de armazenamento dos reservatórios dessas regiões”, destaca o gerente de Preço da CCEE, Rodrigo Sacchi.

Armazenamento

A situação oposta foi observada na análise dos reservatórios do Nordeste e, principalmente, do Norte que registrou queda de 24,7% no nível de armazenamento.

“Essa diminuição dos níveis foi causada pela maior quantidade de geração hidráulica no Norte, realizado para possibilitar a exportação de energia para o Sudeste”, lembra Sacchi.

No Sul, também houve exportação no limite de intercâmbio entre os submercados, mas a boa afluência na região manteve os níveis dos reservatórios em 76,2%, uma leve queda (-1,5%) na comparação com agosto.

O fator de ajuste do MRE esperado para setembro é de 88,3%, enquanto para outubro deve ficar em torno dos 93,3%, o que contribui para a média de 84,6% em 2015. “Por conta do aumento da temperatura e o consequente aumento do consumo, o sistema necessitará de maior geração, vinda exatamente das hidrelétricas”, explicou Sacchi.

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