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Lockdown prolongado preocupa setor

CEISE Br afirma que a indústria é atividade essencial e não há motivo, por enquanto, para parar

A FIESP/CIESP protocolou um processo judicial contra o decreto da prefeitura de São José do Rio Preto – SP, que restringiu as atividades da indústria na cidade. A iniciativa foi tomada após tentativas de debater o assunto com as autoridades locais, até mesmo com participação do presidente da entidade, Paulo Skaf diretamente ao prefeito Edinho Araújo (MDB-SP), com o objetivo de esclarecer o caráter de essencialidade da atividade industrial e de alertar sobre o perigo iminente do desabastecimento que tais restrições podem acarretar.

O decreto municipal vale até domingo (21), mas a preocupação com a possibilidade de que as restrições sejam estendidas, a entidade entendeu que seria necessário buscar a justiça para sanar tal medida.

O Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br) afirma que a indústria é atividade essencial e não há motivo, por enquanto, para parar. “Nossa preocupação é muito grande, afinal o maior patrimônio de nossas empresas são os colaboradores. No entanto, como atividade essencial, as indústrias estão trabalhando observando rigorosamente as orientações das autoridades sanitárias, no que diz respeito à não aglomeração nos horários de entrada, saída e intervalos, bem como intensas ações de descontaminação de equipamentos e maquinários. Mantemos vigilância implacável para que os trabalhadores usem máscaras e demais EPIs, higienizem as mãos com água e sabão ou mesmo álcool 70%”, justifica o presidente da entidade, Luís Carlos Jorge.

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O executivo ressalta ainda que os empresários do setor industrial estão fazendo um grande esforço para manter as atividades, uma vez que as condições estão cada vez mais desfavoráveis. “A matéria-prima está subindo assustadoramente. O aço, disparou e sofre aumento quinzenalmente. Por outro lado, não temos ações governamentais que minimizem a situação, pelo contrário. No estado de São Paulo, por exemplo, houve aumento de ICMS, que tira toda margem dos negócios. Estamos trabalhando para não parar a economia”, desabafa.

Para algumas usinas, as medidas de restrição causaram problemas, como no caso da Vale do Paraná, que precisou paralisar o transporte de colaboradores devido ao lockdown em um município da região onde atua. “Paralisamos o transporte de colaboradores por apenas um turno, depois voltamos a normalidade”, contou Dinael Veiga, supervisor de Recursos Humanos da companhia.

Já no Grupo Moreno o lockdown exigiu documentação específica para manter o transporte coletivo.

 

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