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Liderar é preciso. Ensinar pelo exemplo é uma virtude!

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Na onda da mudança profissional a qual me propus, junto com outros tantos desafios, atribuí a mim também o de escrever um livro. O tema: Liderança. Parece algo batido, comum e pouco atrativo. Mas venho insistindo em dizer que é o assunto o qual as empresas mais deveriam se preocupar se já não estão se mexendo no sentido de fazer um autodiagnóstico sobre a saúde do seu quadro de comandantes, condutores do negócio, dos processos, serviços, parcerias, pessoas, relações de trabalho, ambientes, patrimônios, resultados e imagem. Com certeza poderíamos colocar muitos outros fatores associados a estes que cito aqui.

Talvez as empresas não tenham adotado a postura de preocupação exacerbada com o tema, e consequentemente ido atrás de buscar ajuda para resolver ou minimizar os problemas existentes, porque não se habituaram a enxergar a competência de liderança além da tocada operacional do processo e dos resultados aparentemente satisfatórios advindos dele. Sim, essa é a lupa utilizada: se temos pessoas boas e de confiança para tomar conta das áreas, já temos um tesouro! Desculpem-me, mas não é só isso. Não descarto a importância de um bom hands on nas áreas, principalmente nas áreas-fins da organização, mas isso não qualifica o profissional como completo (não no sentido do Super Homem) e dentro do perfil necessário para os resultados sustentáveis esperados. Há muito mais a se fazer do que apenas conduzir a operação de uma área ou setor, como se ela fosse apartada e entendida somente como a parte a ser controlada e acompanhada para o bem de todos. Insisto nisso.

Nos meus quase 25 anos de carreira na área de RH, penso que Liderança seja hoje, e desde sempre, o principal ou um dos principais focos dentro do cenário organizacional que ainda não chegou num patamar satisfatório. Talvez tenha até chegado em algum momento, quando nos anos 80 e 90 tivemos um boom de trabalhos de desenvolvimento gerencial realizados e oferecidos às empresas por consultorias de peso. Com certeza com resultados muito satisfatórios na época. Só que muitos aspectos da relação de trabalho evoluíram e os papéis gerenciais, embora muito parecidos no texto, são agora cobrados de forma a garantir que a empresa tenha os melhores times de profissionais além de, e principalmente, pessoas éticas e comprometidas, entendendo-se que o grande captador, desenvolvedor, entusiasta e mantenedor desse cenário é esse grupo, que tem nas mãos a grande missão de fazer toda a engrenagem dar certo e rodar fazendo a diferença. E não simplesmente rodar.

E mais: o mercado já vem apontando há uns anos de forma mais contundente, através de pesquisas feitas em nível mundial, que um dos maiores fatores de retenção das pessoas nas empresas são as lideranças, as boas lideranças. Tanto é um fator de retenção, como de repelência. Forte, não é? Mas muito verdadeiro. Essa é a complexidade e urgência atreladas ao assunto, este que digo que deve ser tratado de forma sólida e rapidamente.

Fazer gestão de pessoas na atualidade está muito mais complexo do que há tempos atrás. Os perfis, valores, posturas, exigências e tudo mais mudaram e com isso a necessidade de fazer melhor é premente. Se antes o problema da falta de bons líderes era algo significativo, imagine agora onde as pessoas estão querendo ser felizes no trabalho, ter oportunidades de contribuir com algo a mais, e fazer parte dos resultados maiores como valor de realização pessoal, do mais alto grau. Não querem ser apenas empregados de uma tarefa só. E não aceitam ser comandados por pessoas que eles não admiram. Não vão seguir e dar sua melhor condição quando não acreditam e, pior, desprezam quem está à sua frente. As pessoas têm adotado um tipo de “greve padrão” debaixo dos nossos olhos como uma resposta ao que temos dado a elas. Empresas: isto é muito grave!

Olhando à minha volta e no papel que acredito ter exercido nas oportunidades que a maturidade profissional me trouxe, enxergo hoje, sem medo de minha abordagem ser exagerada ou utópica, que o maior prêmio, benefício, bônus, valorização, reconhecimento, oportunidades e tudo mais que uma empresa pode ofertar para dizer ao colaborador que ele é importante ela é dar a ele o melhor líder que ele poderia ter na vida. Para mim essa é a melhor e a mais nobre política de gestão de pessoas que alguém pode querer. Visão fora da realidade? Não. Na verdade o ser humano sempre procurou e quis estar ao lado de pessoas que fizessem a diferença na vida dele: pais, irmãos, tios, colegas, professores, ídolos, cônjuges, filhos, chefes. Essa é a essência.

Voltando ao meu desafio: quando penso em falar sobre o tema e escrever sobre ele, algumas das visões colocadas acima estão refletidas no desenvolvimento que pretendo dar a esse assunto. Não estou aqui vendendo uma obra e sim, dentro de mais uma abertura dada a mim (e não perco uma oportunidade de poder expressar aquilo que enxergo e que sei poderia contribuir muito para o mundo organizacional), trago alguns flashes já dentro do escopo prático que penso e acredito ser um processo continuado de mudança de postura para maior demonstração de competências no quesito liderança e gestão.

A verdadeira liderança não se forma, ela se expande ou emerge pelo entusiasmo herdado de modelos vividos e admirados.

Essa é minha premissa.

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