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Japungu busca viabilizar a expansão do gotejamento com redução da lâmina de irrigação

Êxito com a tecnologia sagrou a troféu na categoria Usina/Destilaria do Ano em Irrigação

Alexandre Guerra e José Bolivar, em canavial da Japungu

A Usina Japungu é conhecida por utilizar a irrigação por gotejamento subterrâneo no cultivo da cana-de-açúcar. Com o uso desse sistema israelense, a propriedade passou a ter produtividade média de 115 toneladas de cana por hectare (TCH), nos 4.400 hectares onde a tecnologia está instalada. No restante da área cultivada com cana, sem o gotejamento, o rendimento médio é de 45 toneladas por hectare.

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“A diferença de 70 TCH impressiona e faz com que a cada ano a expansão do sistema seja da ordem de 1.200 hectares”, explica o responsável de irrigação da Usina, Alexandre Guerra. Guerra diz que a Japungu só não acelera a adoção do sistema de gotejamento por falta de água, pois mesmo que a economia no consumo seja menor quando comparado com o uso de outros sistemas de irrigação, como pivôs, o investimento na implantação do gotejamento é muito alto e só vale a pena se houver garantia de disponibilidade mínima de água.

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Por essa razão, os projetos que estão sendo implantados na Usina contam com o investimento extra na perfuração de poços profundos, entre 250 a 300 metros de profundidade, visando garantir uma vazão mínima de 50 metros cúbicos por hora, que somada a água disponível viabiliza a implantação do sistema.

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Outra vertente em estudo de forma criativa pela equipe da Japungu é a redução da lâmina diária no gotejamento. O objetivo é driblar a falta de água para a irrigação plena no gotejamento, adotando uma irrigação com um custo X benefício que justifique o investimento. “Ainda que não seja o ideal, esta irrigação permitiria suprir a cana com água e nutrientes na quantidade mínima e na época certa, sem o risco da lixiviação, o que elevaria a produtividade média da Japungu para algo em torno de 65 TCH”, explica Guerra.

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Já Bolivar destaca que os resultados com a irrigação por gotejamento são frutos dos investimentos e aprendizagem de quase uma década da Usina com a tecnologia, a qual se encontra madura e permite buscar novos horizontes de competitividade para a cultura canavieira na região. “Com o gotejamento subterrâneo, o Nordeste mostra que dispõe de tecnologia para equiparar sua produtividade à da região Centro/Sul”, conclui o presidente da Japungu.

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Devido ao êxito com a tecnologia de gotejamento subterrâneo, a Japungu sagrou-se vencedora do Prêmio MasterCana Nordeste na categoria Usina/Destilaria do Ano em Irrigação. O evento de premiação acontece hoje, 6 de fevereiro, em Recife (PE).

Leia esta matéria na edição on-line do JornalCana 315 clicando aqui.

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