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Impactos da estiagem na safra de cana em SP e em Goiás

Seca piorou nas regiões canavieiras dos dois estados

Foto: Arquivo/JornalCana

Já era esperado: o mês de agosto apresentou volume de chuvas abaixo da média histórica nos estados de São Paulo e de Goias.

Em consequência, isso aumentou o déficit hídrico nas regiões avaliadas.

Em Goiás, a contínua ausência de chuva foi mais crítica para o balanço climatológico das microrregiões em análise.

Nelas, o balanço é negativo em todas as regiões (11 a 34 milímetros).

Contudo, mesmo com esta época de estiagem, não há grandes alterações para Goiás conforme os valores de NDVI.

NDVI é a sigla em inglês para Índice de Vegetação da Diferença Normalizada.

Trata-se do o índice que analisa a cobertura vegetal de determinada região através de sensoriamento remoto.

 

 

Leia também: 

 

 

Boletim

As informações anteriores integram o Boletim de Monitoramento de Cana-de-Açúcar dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.

O Boletim é produzido pelo  Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR).

Por sua vez, ele integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC).

JornalCana apresenta a seguir avaliações do Boletim relacionado ao mês de agosto.

Se quiser acessar o Boletim em PDF, só clicar aqui.

Estado de São Paulo

No estado de São Paulo, os índices de vigor vegetativo permaneceram dentro da média histórica.

Mas já se mostra uma tendência de queda.

O aumento dos déficits hídricos acumulados nos meses de estiagem poderão afetar de forma significativa o vigor vegetativo dos canaviais paulistas nos meses seguintes.

Agosto, no estado de São Paulo, foi um mês seco, apresentando uma precipitação média 12% abaixo da média histórica do mês.
Sendo assim, diferentemente do mês anterior, o balanço hídrico climatológico do estado voltou a apresentar déficit hídrico em quase toda sua extensão.

No entanto, na região mais a sudeste próxima ao litoral ainda é possível encontrar excedentes de até 11 milímetros.

 

Precipitações

 

No mês de agosto, os valores de precipitação apresentaram-se predominantemente inferiores à média histórica nas mesorregiões do estado.

Com exceção de Araçatuba, Araraquara e São José do Rio Preto.

O aumento atípico das chuvas no mês de julho não foi suficiente para elevar o vigor vegetativo de todas as mesorregiões.

Essas apresentam os índices de NDVI predominantemente dentro da média histórica, exceto Araçatuba, Araraquara, Itapetininga e Macro Metropolitana Paulista.

O mapa do semáforo do mês de agosto ainda mostra os resultados dos impactos prejudiciais da diminuição das chuvas na época de estiagem.

As cores verde, amarelo e vermelho representam as cores do semáforo relativas ao nível de NDVI de cada região nos meses analisados.

Goiás

Em Goiás, devido ao fato de ainda estarmos no período de estiagem, no mês de agosto a média de precipitação
das microrregiões em estudo foram 60% abaixo da média histórica.

Essa falta de chuva na região resultou em um balanço climatológico inteiramente negativo no estado, com déficits variando entre 15 a 34 milímetros.

 

No estado de Goiás as precipitações nas microrregiões continuaram escassas nesta época de estiagem.

Mesmo com as poucas chuvas, os valores de NDVI se mantiveram acima da média histórica para praticamente todas as microrregiões.

Com exceção de Goiânia, a qual apresentou valores de precipitação e NDVI inferiores às médias históricas.

Desta forma, o vigor vegetativo da cana-de-açúcar no estado de Goiás ainda se mantém acima da média.

As cores verde, amarelo e vermelho representam as cores do semáforo relativas ao nível de NDVI de cada região nos meses analisados.

 

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