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Grupo Cocal inicia produção de biogás em Narandiba -SP

A planta tem capacidade para produzir, anualmente, 33,5 milhões de Nm3 de biogás

O Grupo Cocal começou a operar, em junho, a sua planta dedicada a produção de biometano a partir de subprodutos do setor sucroenergético.

A companhia investiu R$ 139 milhões na unidade, localizada no município de Narandiba -SP, e a expectativa é que a empresa associada da Copersucar, comece a produzir biometano em agosto e, no mês seguinte, tenha início a distribuição.

A planta tem capacidade para produzir, anualmente, 33,5 milhões de Nm3 de biogás a partir da vinhaça e da torta de filtro, com potencial para expandir essa produção com a biodigestão de palha. Como matéria-prima, serão utilizados 1,5 milhões de m3 de vinhaça, 135 mil toneladas de torta de filtro e 10 mil toneladas de palha.

“Com essa produção, a exportação de energia será de até 33,3 mil MWh e a purificação de biogás vai gerar 8,9 milhões Nm3 de biometano. Parte deste biogás será purificado para a produção de biometano, combustível com a mesma qualidade e eficiência do gás natural”, explica o diretor Comercial e Novos Produtos da Cocal, André Gustavo Alves da Silva. Comprimido e injetado no gasoduto da GasBrasiliano, o combustível irá abastecer as cidades de Narandiba, Pirapozinho e Presidente Prudente.

Segundo o executivo, 47% do biogás produzido será utilizado como combustível de motogeradores a gás. “Os outros 53% passarão por um processo de concentração de metano e convertidos a 8,9 milhões m3 de biometano anuais. Isso irá substituir o diesel na frota da Cocal e abastecer a região, por meio de carretas e do gasoduto construído em parceria com a GasBrasiliano”, conta André Gustavo.

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Economicamente viável, o empreendimento se mostra uma solução ambientalmente sustentável para o descarte de resíduos e subprodutos agroindustriais, gerando energia elétrica e combustível limpos. O biometano pode substituir o diesel e a o gás natural veicular (GNV) em veículos, além de gás liquefeito de petróleo (GLP) e gás natural em indústrias, residências e comércios. Para o mercado, a nova planta traz um combustível versátil e limpo, e, para o setor sucroenergético, é uma forma de agregar valor aos subprodutos gerados na produção do açúcar e do etanol, diversificando o portfólio da empresa e aumentando a rentabilidade da operação.

A cada 335 m3 produzidos de biometano, cerca de uma tonelada de carbono deixa de ser liberada na atmosfera. “Ele irá substituir o diesel e o gás natural, reduzindo em 95% a emissão de CO2, quando comparado ao diesel.  E com os biofertilizantes, a redução será de 75%. Além disso, na purificação de biogás, o gás carbônico é separado no processo para produzir CO2 verde”, detalha André Gustavo.

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Além disso, há expectativa de credenciar a nova planta no programa federal de incentivo aos biocombustíveis, o RenovaBio, no segundo ano de produção. “Para apresentar à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), os indicadores para o cálculo da eficiência energética e o fator de emissão do biometano, é preciso monitorar a operação durante um ano”, explica o executivo.

Com a tecnologia disponível para a produção da energia durante os 12 meses do ano – sem riscos de paralisação devido a intempéries climáticas, por exemplo –, o biogás é um produto sustentável e economicamente viável, que tem impactos regionais positivos.

“Ao trazer uma fonte de energia alternativa e competitiva para a região, as empresas existentes serão beneficiadas, além de motivar novos empreendimentos a se instalarem aqui, o que impulsiona a geração de empregos e a economia local”, conclui o diretor da Cocal.

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