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Estria Vermelha: Como controlar e evitar perdas de produtividade (ICH) e qualidade (ATR) no canavial

Primeira manifestação da doença se dá nas folhas

A Estria Vermelha é uma doença causada pela bactéria Acidovorax avenae subsp Avenae, ocorrendo em algumas das principais variedades de cana-de-açúcar cultivadas no Brasil. É uma das doenças mais severas que ocorre na cultura, pois se desenvolve e se alastra rapidamente, acarretando elevadas perdas em curto espaço de tempo.

A primeira manifestação da doença se dá nas folhas, onde provoca lesões longitudinais longas de coloração avermelhada no limbo foliar e em grande número, ocasionando perda de área fotossintética e senescência precoce.

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Sintomas mais avançados ocorrem quando a bactéria é levada pela água até a região do meristema apical da planta, onde essa se desenvolve e apodrece o meristema, para depois descer para o colmo promovendo sua morte, com um cheiro característico de podridão, e por isso, este sintoma é comumente chamado de “podridão do topo”.

A “podridão do topo” é o dano mais severo, pois causa redução do número de colmos por hectare, redução de produtividade, e consequentemente, redução de toneladas de açúcar por hectare, podendo afetar também a qualidade do caldo na indústria.

Sintomas

A doença é caracterizada por estrias longitudinais de coloração avermelhada por quase tudo o limbo foliar. Ao analisar a parte abaxial da folha afetada, observa-se escamas de coloração branca, que são secreções (pús-bacteriano) provenientes da bactéria, comprovando assim, a presença da doença na cultura. As secreções secam, descamam e podem servir como fonte de disseminação da bactéria pela ação dos ventos e gotas de chuvas.

A bactéria sobrevive em restos de cultura e em folhas velhas e com a ajuda da chuva e do vento são disseminadas para as folhas mais novas, como folhas 0, +1 e +2 (sistema Kuijper). Quando as bactérias alcançam a folha 0, pode ocorrer a penetração no meristema apical da cana. Lá, elas encontrarão tecidos jovens e microclima favorável ao seu desenvolvimento e irão causar a “podridão do topo”.

Ocorrência e prejuízos

A condição climática favorável para o crescimento e disseminação da bactéria coincide com o período de maior desenvolvimento da cultura, que se inicia com as primeiras chuvas (outubro), sendo importante seu controle até final de janela de ocorrência (março).

Os prejuízos e perdas causados por essa doença estão diretamente ligados à quantidade de área cultivada com variedades susceptíveis. As perdas são expressivas tanto em produtividade (TCH), quanto em qualidade da matéria-prima (ATR), podendo comprometer drasticamente a produtividade do canavial.

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Posicionamento técnico DIFERE®:

A primeira aplicação de DIFERE® deve ser feita no início do aparecimento dos sintomas para evitar que a bactéria se alastre, e assim, mantenha a infecção sob controle.

A segunda aplicação deve ocorrer 30 dias após a primeira. Lembrando sempre que, caso o clima após a primeira aplicação seja de muita chuva e dias consecutivos nublados, pode-se encurtar o intervalo entre aplicações para aproximadamente 25 dias, e se o clima for seco, com dias de pleno sol, pode-se estender o intervalo entre aplicações para 35 dias. Portanto, deve-se avaliar caso a caso.

Caso haja necessidade, pode-se realizar uma terceira aplicação, utilizando-se do mesmo critério.

A dose utilizada é de 1,5 litros de DIFERE® por ha por aplicação, sempre associado ao seu parceiro condicionador de calda OXIATIVO, na dose de 30 ml por ha.

Registro e controle

O DIFERE® é o único produto do mercado registrado para controle deste alvo biológico e com eficácia comprovada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Possuí também registro para aplicação aérea, sendo possível sua aplicação após o crescimento da cultura.

Fonte: Álvaro Sanguino – Pesquisador e consultor ASAS Consultoria

 

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