Gestão Administrativa

Estação na Paraíba é referência em biodefensivos

Estrutura é gerida pela Associação dos Plantadores de Cana (Asplan)

Técnicos da Usina Vale Verde na Estação (Foto: AFCP/Divulgação)
Técnicos da Usina Vale Verde na Estação (Foto: AFCP/Divulgação)

Aprimorar os conhecimentos acerca das metodologias de manejo de controladores biológicos da cana-de-açúcar.

Este foi o objetivo de técnicos da Usina Vale Verde, uma das maiores produtoras de cana do Rio Grande do Norte, em recente capacitação na Estação Experimental de Camaratuba, em Mataraca (PB).

Mantida pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), a Estação é referência no Nordeste.

A Estação produz em larga escala dois controladores naturais de pragas que assolam a cana: a Cotesia flavipes (Vespas) e o Metarhizium Anisopliae (Fungos).

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Biodefensivos: em alta desde 2016

Os defensivos biológicos, ou biodefensivos, têm o objetivo de controlar com as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais.

Parceiros da Estação Experimental de Camaratuba há anos, a Usina Vale Verde é uma entre as várias unidades industriais que adquirem biodefensivos.

E fazem, também, o controle de pragas de forma híbrida, ou seja, com produtos químicos, vespas e fungos.

Principalmente no controle da broca-comum (Diatraea spp.) e da cigarrinha da Folha (Mahanarva posticata).

É por isso que, para aprimorar cada vez mais os conhecimentos acerca do método, os técnicos da Vale Verde foram conferir o controle de qualidade da produção de vespas e fungos na Estação Experimental.

A ideia é reduzir ao máximo o uso de produtos químicos e fortalecer o uso de inibidores que não deixem resíduos nos alimentos e sejam inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população.

Produção da Estação

Em 2019, a produção média da Estação chegou a 126 mil copos de vespas e 11.368 kg de fungos.

Através da Estação, os plantadores de cana-de-açúcar não só da Paraíba, mas também de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, têm à disposição técnicas avançadas de controle de pragas.

Elas seguem, inclusive, uma tendência mundial de redução do uso de agroquímicos para combater pragas e doenças nas lavouras.

“Lá eles têm toda orientação que precisam e têm também a produção de controladores que é vendida a preços acessíveis a outros produtores e entidades de classe”, explica o diretor técnico da Asplan, Neto Siqueira.

“Para associados da Asplan, esse defensivo é distribuído gratuitamente”, emenda, salientando que existe uma demanda significativa e que o serviço é oferecido desde a década de 90.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), desde 2016 o mercado de produtos biológicos vem crescendo desde 2016.

Para Luís Augusto, engenheiro agrônomo da Asplan, o crescimento do mercado brasileiro de defensivos biológicos segue uma convergência mundial.

“Os agricultores tem investido no controle biológico. As vantagens são indiscutíveis”, explica.

“Não tem problema de resíduos químicos e não há desequilíbrios biológicos. São usados o que chamamos de inimigos naturais e isso é uma tendência mundial.”

Para Sonildo Ricardo da Silva, engenheiro agrônomo da Vale Verde e responsável pelo setor de Fitossanidade da Usina, a capacitação na Estação foi de grande importância para a equipe.

“Já utilizamos os controladores biológicos em nossa cana e queríamos aprimorar o conhecimento que já temos. Foi de suma importância o treinamento por isso”, disse Sonildo.

Por sua vez, ele agradeceu aos profissionais da Estação.

De seu lado, em especial o supervisor dos laboratórios de vespas e fungos, Roberto Balbino.

Esse mostrou aos técnicos agrícolas da Vale Verde como ocorre a produção e armazenamento dos insumos biológicos.

Técnicos da Usina Vale Verde na Estação (Foto: AFCP/Divulgação)
Foto: AFCP/Divulgação

Parceria com usinas em biodefensivos

Já os produtos da estação são repassados sem custo para os produtores associados à Asplan e, em forma de parcerias, para as usinas nordestinas.

Para obter os insumos, basta que o interessado entre em contato com o DETEC – Departamento Técnico da Asplan.

Por sua vez, a produção de vespas acontece durante todo o ano.

Já a de Fungo se concentra nos meses de março, abril, maio e junho.

Finalmente, basta que estes solicitem uma visita ou mesmo façam seus pedidos na sede da Asplan, através do telefone (83) 3241-6424.

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