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EBITDA da Tereos alcança R$ 726 milhões

Subsidiária brasileira do Grupo fechou o período com alta de 39% na receita

A Tereos Açúcar & Energia Brasil (TAEB), subsidiária do Grupo Tereos, fechou o primeiro semestre do ano-safra 2020/21 (abril a setembro de 2020) com alta de 39% em sua receita, com um faturamento de R$ 1,654 bilhão. No primeiro semestre do ano-safra passado, a receita foi de R$ 1,191 bilhão. O EBITDA ajustado fechou em R$ 726 milhões, uma alta de 81%, se comparado ao período anterior, em que o valor chegou a R$ 402 milhões.

Os resultados foram compartilhados ontem (25) durante o Tereos Day, evento online para mais de 130 representantes de cerca de 30 instituições financeiras. O evento contou com a participação do CEO do Grupo Tereos, Alexis Duval, e da CFO, Stephanie Billet. Em sua apresentação de abertura, Alexis Duval ressaltou o bom desempenho da Tereos Açúcar & Energia Brasil e a sua relevância nos resultados semestrais consolidados do Grupo, divulgados no dia 18 de novembro.

“Em um período com muitos desafios, a Tereos confirmou a solidez de sua visão de longo prazo. Com nossos investimentos em capacidade logística, como na parceria com a VLI, estamos conectando a competitiva base de produção brasileira com os mercados em crescimento”, afirmou o executivo.

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Ao comentar sobre as principais tendências no setor globalmente, Duval destacou a importância de um modelo forte em ESG – sigla para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança.

“O Brasil, principalmente o setor sucroenergético, tem uma posição de destaque na redução da pegada de carbono com o modelo de processamento da cana-de-açúcar, que gera energia renovável com o etanol, energia elétrica e biogás. Na Tereos, estabelecemos um roadmap com muitas iniciativas de curto, médio e longo prazo relacionadas à sustentabilidade. Acreditamos que isso seja fundamental para o crescimento da companhia.”

Resultados positivos

De abril a setembro deste ano, o lucro líquido da TAEB somou R$ 37 milhões, comparado a um prejuízo líquido de R$ 157 milhões em igual período do ano passado. Vale ressaltar que, quando observado o ano-safra 2019/20 completo, a TAEB registrou lucro líquido de R$ 53 milhões, o que evidencia o quanto o segundo semestre é representativo para a companhia em termos de resultados financeiros.

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Jacyr Costa Filho

“Mesmo em um ano de incertezas, que trouxe diversos desafios, a Tereos registrou excelentes resultados. A produção da safra foi encerrada na primeira quinzena de novembro com muitos recordes e o balanço financeiro do primeiro semestre também apresenta números significativos. Temos uma expectativa positiva para o fechamento do ano-safra”, comenta Jacyr Costa Filho, membro do Comitê Executivo da Tereos.

Financiamentos

Em um momento desafiador, a Tereos teve quase R$ 1 bilhão em novos financiamentos contratados ou dívidas refinanciadas com um prazo médio de 3,2 anos. Em junho, a subsidiária foi a primeira empresa do setor sucroenergético a estruturar um financiamento verde, atrelado a quatro metas de sustentabilidade, no valor de US$ 105 milhões com sete bancos internacionais e prazo de pagamento em 5 anos.

De acordo com Costa Filho, a transação gerou um impacto positivo nos bancos com os quais o Grupo tem relacionamento. “Já estamos avaliando a possibilidade de mais dois financiamentos sustentáveis, que devem ser desembolsados até o final deste ano safra”, acrescentou o executivo.

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Neste semestre, a dívida líquida da empresa se manteve praticamente estável frente ao mesmo período do ano anterior, de R$ 4,271 bilhões para R$ 4,328 bilhões, apesar da forte desvalorização cambial do período. Com a melhora expressiva do resultado neste período, a alavancagem da companhia foi reduzida de 4,0x em setembro de 2019 para 2,7x em setembro de 2020.

Boas perspectivas para o ano

Para o fechamento do ano-safra 2020/21, a Tereos tem uma expectativa positiva de também alcançar recordes financeiros, a exemplo dos recordes nos resultados de produção, comunicados no encerramento da moagem. A empresa terminou o primeiro semestre com um grande volume de estoques de açúcar e etanol para comercializar no segundo semestre com preços atrativos. Cerca de metade da produção de açúcar e 2/3 da produção de etanol estavam nos estoques da companhia ao final do primeiro semestre.

“No segundo semestre, devemos comercializar o etanol estocado em um momento mais favorável de demanda. Com o isolamento social do início da pandemia, o consumo do biocombustível caiu e, consequentemente, teve o seu preço depreciado. Mas, com a retomada das atividades, o mercado de etanol se recuperou, com preços inclusive acima dos níveis do ano passado, o que reforça a nossa boa expectativa para o segundo semestre deste ano-safra”, finaliza Costa Filho.

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