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“Desmonte do setor sucroenergético é fruto da política de miséria do governo federal”

Programado para ser uma apresentação de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, a lideranças do agronegócio, o jantar organizado ontem em um luxuoso hotel de Ribeirão Preto serviu para que empresários criticassem a política do governo Dilma Rousseff para o setor e pedissem que o ex-presidente Lula levasse diversas reivindicações à sua sucessora.

Convidado de honra do evento organizado pelo empresário Maurílio Biagi, Lula precisou deixar de lado a função de padrinho político de Padilha e assumir o papel de interlocutor do empresariado com o governo federal.

Lula declarou que “nunca na história um presidente tratou o setor sucroalcooleiro com tanto respeito” como ele. Admitiu que há equívocos que devem ser corrigidos, apesar de não ter especificado quais, e disse que Dilma quer fazer mais pelo setor, “mas a burocracia atrapalha”.

Segundo relato de alguns dos presentes, o primeiro discurso foi o mais duro. Elizabeth Farina, presidente da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar), classificou como “incentivo de miséria” a política do governo federal para o etanol. Para ela, haverá um “desmonte do setor sucroalcooleiro” do Brasil. Foi aplaudida de pé.

Ex-ministro da Agricultura do governo Lula, Roberto Rodrigues foi o segundo a falar e seguiu a linha de críticas de Elizabeth. Também foi bastante aplaudido. Gustavo Junqueira, recém-empossado presidente da Sociedade Rural Brasileira, disse que falta um plano agrícola para o Brasil e uma política nacional para a agricultura e a exportação no país, uma das principais demandas do encontro.

“Só a agricultura pode melhorar a balança comercial brasileira. O governo federal agride o agronegócio”, afirmou Junqueira.

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