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Crise hídrica preocupa em 2022

Czarnikow faz análise sobre setor de energia

“Um olho no peixe, outro no gato. Quem nunca ouviu essa expressão? A crise hídrica pode ter ganhado um refresco com as chuvas das últimas semanas, mas o setor elétrico está de olho nas condições para atender à carga do próximo ano”, afirma a Czarnikow em análise sobre o setor de energia no Brasil.

De acordo com a trading, para a janela outubro-dezembro, o Operador Nacional do Sistema Único (ONS) descarta enfaticamente o risco de racionamento de energia e, de olho na segurança do sistema, ele recomenda manter as medidas tomadas para aumentar a oferta e gestão hidrelétrica em 2022.

Ainda, em relação à retomada da operação da termelétrica Uruguaiana, a Operadora destacou que será um recurso importante para o momento, mas caso o fornecimento de gás natural não seja retomado, outras alternativas podem ser utilizadas.

A Czarnikow ressalta que o que ainda não parece estar fechado em 2021 é o valor do déficit da Conta Bandeiras. O governo busca uma solução para o equilíbrio e ao mesmo não impactar a sustentabilidade financeira das distribuidoras, que agora passam por duas crises em dois anos: a água e a pandemia da covid-19.

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“Um aumento na conta de luz, porém, ainda não estaria incluído no “cardápio” de alternativas para se encontrar um equilíbrio  e uma reunião entre o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica Associação das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), está marcada para a próxima semana com o tema em pauta”, afirma.

Hoje, acontece a 7ª reunião da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg) e os participantes terão que tratar do recente anúncio do Presidente da República, Jair Bolsonaro, que declarou na noite desta quinta-feira (14), que ele determinaria o ministro do Ministério de MInas e Energia, Bento Albuquerque. a suspensão da bandeira tarifária de escassez de água em novembro.

Expansão de energias renováveis

De olho no futuro, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica que agora, o momento é levar para frente as lições aprendidas com a crise hídrica, buscando considerar outros fatores que possam dar maior previsibilidade ao sistema.

“Uma lição aprendida neste ano é que a dinâmica do mercado mudou e, com isso, os leilões regulados de energia nova passam a ter um papel complementar para a expansão do sistema. Para não ter dificuldades nessa expansão, as entidades setoriais concordam sobre a necessidade de avanços no Congresso Nacional do PL 414/2020, que trata da modernização do setor”, informa a análise.

Segundo a Czarnikow, parte desse novo momento e dinâmica de mercado está relacionada ao aumento de projetos eólicos e renováveis ​​no Nordeste, que deve crescer 20 GW até 2033. Para dar conta desse volume, a EPE estuda, entre outras alternativas, a construção de um bipolo que vai conectar a região ao Sudeste / Centro-Oeste.

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“Além disso, devemos mencionar que, a duas semanas da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 26), em Glasgow, na Escócia, é improvável que o Senado Federal aprove o novo marco legal para licenciamento ambiental antes do global encontro”, afirma.

Vitórias da semana

A análise informa ainda que, de olho no agora, a EDP ​​Brasil venceu o leilão de privatização da Celg Transmissão (Celg T), nesta quinta-feira, (14), na B3. A empresa apresentou proposta de R $ 1,977 bilhão para o negócio, com ágio de 80,1% em relação ao valor mínimo previsto no edital, deixando para trás Cymi Construções e Participações, MEZ e ISA Cteep.

A outra vencedora da semana – ou final de semana – foi a Vibra Energia, que passou pelo IPO da Comerc para adquirir 50% da empresa, surpreendendo todo o mercado.

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“Podemos considerar também a vitória da semana, pelo menos para o governo, a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto que define um valor para o ICMS sobre os combustíveis”, conclui a análise.

 

 

 

 

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