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Confira 4 preocupantes avaliações técnicas sobre a safra de cana 21/22

Considerações foram feitas por representantes da Canaplan, Conab, JOB Consultoria e Unica

Ontem, 5 de maio, durante o webinar “Safra Cana 21/22 – Projeções de Produção e Preços”, foram feitas 4 preocupantes avaliações técnicas sobre a safra de cana 21/22. Moderado pelo jornalista e diretor da ProCana Brasil, Josias Messias, o evento online contou com a presença de Antonio Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA; Júlio Maria M. Borges, sócio-diretor na JOB Economia e Planejamento; Luiz Carlos Corrêa Carvalho, diretor presidente da Canaplan, e Maurício Ferreira Lopes, gerente de Levantamento e Avaliação de Safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A iniciativa de reunir um time tão competente para avaliar o atual ciclo de cana na região Centro-Sul foi parabenizada pelos participantes, incluindo lideranças sindicais do setor como André Rocha, do Fórum Nacional Sucroenergético; Mário Campos, do Siamig, Jorge Santos, do Sindálcool, Miguel Tranin, da Alcopar, Renato Cunha, do Sindaçar-PE e Pedro Robério, do Sindaçucar-Al. Além de diretores e gestores de usinas e grupos.

O destaque ficou por conta das perspectivas apresentadas por cada um dos participantes.

1 – Menor produção de açúcar

Oferecendo informações detalhadas sobre o aspecto qualitativo da safra, Antonio Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA, falou sobre a distribuição da produção, moagem de cana-de-açúcar, oferta de açúcar, etanol e etanol de milho. “Não fossem as novas tecnologias empregadas pelas usinas do Centro-Sul, com esse veranico que houve tanto ano passado , quanto no início desse ano, a safra teria impactos mais drásticos e com menor quantidade de cana“.

Ele também fez constatações relevantes quanto à produção de açúcar. “São Paulo é o estado mais afetado na produção de açúcar e assim como Minas Gerais e Paraná – portanto, cerca de 90% da área de cana – foi bem afetado por condições climáticas desfavoráveis. Essa é a primeira razão que levará a uma menor produção de açúcar na região”, informou Padua.

Clique aqui para ver a fala completa do Padua: clique AQUI!

2 – Rendimento agrícola e industrial menor

“A área de cana pela primeira vez em 2017 aumentou, tanto no Centro-Sul, quanto no Norte-Nordeste. O que é um bom resultado para o setor. Mas 90% das regiões produtoras, como disse o Padua, não receberam chuva o suficiente. A questão a ser discutida, portanto, é o tamanho desse problema”, afirmou Júlio Maria M. Borges, sócio-diretor na JOB Economia e Planejamento.

Para ele, devido ao impacto climático desfavorável, o rendimento agrícola no Centro-Sul deve cair até 7% a menos que o normal, ou seja, o Centro-Sul deve produzir 576 milhões de toneladas de cana. “Quase 30 milhões de toneladas a menos que na safra passada”, anunciou Borges. Ele também comentou sobre a baixa de rendimento industrial e outros detalhes que devem impactar a safra. Clique AQUI para ver.

3 – Herança difícil de 2020

O diretor presidente da Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, iniciou sua apresentação dando ênfase ao ciclo político complexo e ao ambiente volátil no âmbito jurídico e uma herança difícil de 2020 devido ao clima desfavorável e ao envelhecimento dos canaviais. Além disso, também mencionou o impacto dos incêndios nas regiões de cultivo e os problemas em decorrência da Covid-19.

Maurício Ferreira Lopes Crédito Foto: Acervo/Conab

Canavial velho é como dois homens de idade avançada um dia após participarem de uma balada: encontram-se totalmente péssimos. Essa é a realidade do nosso canavial. Além disso, o nível do reservatório de água nos solos de cultivo de cana está muito baixo, causando um déficit hídrico preocupante”, comentou o consultor, conhecido como Caio. Confira a fala completa, clicando AQUI!

4 – Produtividade estagnada

Maurício Ferreira Lopes, gerente de Levantamento e Avaliação de Safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fez sua exposição inicialmente apresentando dados sobre a cadeia de produção de cana no Brasil. Dentre os insights ele mencionou a falta de avanço de produtividade das últimas safras comparando com saltos de produtividade de outras culturas. Confira a apresentação completa, clicando AQUI!

 

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