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CNA critica atuação da Anvisa na reavaliação de agroquímicos

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou comunicado no qual critica a atuação ´ineficiente´ da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, entre outras atribuições, é responsável pela reavaliação de agroquímicos já registrados e em uso. Por causa da leniência da Anvisa, informa a CNA, a Justiça está prestes a decidir sobre a suspensão do registro de vários agroquímicos, alguns deles utilizados há quase 70 anos, ameaçando ´a produção agropecuária e a economia do País, com risco de fazer explodir a inflação, prejudicar o consumidor e comprometer a balança comercial brasileira´.

katia abreu
No comunicado, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, diz que a Anvisa tem prazo legal de 120 dias para reavaliar agroquímicos já registrados e em uso, mas não consegue cumprir esta tarefa desde 2006. ´Teve oito anos para fazer o que deveria ser feito em quatro meses e, nem assim, cumpriu com a obrigação pela qual a sociedade lhe paga´, critica ela.

Conforme a CNA, cerca de 180 produtos utilizados para proteger lavouras e pastagens contra pragas e plantas daninhas estão na iminência de serem retirados do mercado. ´O que CNA defende é que sejam empregados critérios rigorosos de reavaliação de rotina, não importando se são agroquímicos sob proteção de patente, ou defensivos em domínio público, que são os genéricos´, afirma Kátia Abreu, no comunicado.

O fungicida thiram, agrotóxico genérico utilizado no tratamento de diversas culturas de grande importância, como arroz, feijão, milho, soja e trigo, por exemplo, está cotado em cerca de R$ 45,00. No entanto, seu substituto direto, patenteado, custa dez vezes mais: R$ 450,00.

A CNA considera que a simples retirada de genéricos do mercado ameaça a safra 2014/2015, em fase de planejamento. As primeiras estimativas indicam que, no caso específico dos grãos, a retirada do glifosato e do paraquat do mercado deve comprometer 70% do Valor Bruto da Produção (VBP), causando perdas da ordem de R$ 400 bilhões, com grave repercussão sobre preços, empregos e exportações, avalia a confederação.

(Fonte: Agência Estado)

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