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Clealco bate recordes de moagem e de lucro

cleA companhia sucroenergética Clealco Açúcar e Álcool S. A. registrou moagem recorde na safra 2015/16 de 9,95 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas, alta de 7,6% sobre a temporada 14/15. Já a receita líquida na temporada foi de R$ 1,15 bilhão, 12,6% superior ao ciclo anterior.

As informações são da empresa, que tem sede social em Clementina (SP) e três unidades produtoras no interior paulista.

No resultado, a margem EBITDA do período atingiu 31,6%, chegando aos R$ 364,7 milhões, 33% superior ao da safra anterior, desempenho influenciado pela captura de melhores preços, em um contexto mercadológico favorável para o açúcar, resultante de uma inversão na relação de oferta e demanda mundial e da valorização do dólar, bem como pelos aumentos dos preços do etanol, decorrentes de ajustes tributários e de reajustes no preço da gasolina.

Aquisição 
O volume de açúcar VHP produzido superou em 4,5% o ciclo 14/15, enquanto a produção de etanol cresceu 48,4% e a cogeração de energia, 53,8%. A participação de cana-de-açúcar própria foi ampliada para 50% do total, através da aquisição de 15,5 mil hectares de lavoura fundada.
Conforme a empresa, apesar de forte variação cambial, o endividamento líquido manteve-se praticamente estável. Além disso, foram repactuados os prazos e o perfil da dívida, possibilitando sua melhor distribuição no tempo e adequação ao ciclo de caixa.
Para o próximo exercício, a previsão de EBITDA é superior a R$ 400 milhões, resultado de uma maior moagem, de um cenário de preços positivo e de ganhos de performance operacionais, apontando um aumento de 20% em relação aos R$ 364,7 milhões obtidos na safra 15/16.
No que se refere à gestão, ainda no primeiro semestre da safra 15/16, teve início um projeto para revisão, desenvolvimento e implementação de processos, baseado tanto na busca de performance, eficiência e segurança nas operações, quanto na mudança de cultura. A estrutura organizacional também passou por um redesenho, tornando-se mais funcional e enxuta.
A Companhia reforçou sua política de segurança no trabalho e iniciou o programa Previna, que estimula o trabalho seguro e a prevenção de riscos nas atividades de seus 3,8 mil colaboradores. Como resultado, reduziu em aproximadamente 40% o número total de acidentes registrados e em 60% a taxa de frequência (relação entre o número total de acidentes e o número de funcionários), quando comparada à safra 14/15.
Em relação à estrutura de capital e liquidez, já estão formalizadas e contratadas para o ciclo 2016/2017, a captação de R$ 100 milhões através de sindicalização bancária e a renovação de créditos de curto prazo no montante de R$ 27 milhões.
Em função dos acontecimentos políticos e econômicos vivenciados nos últimos três meses, a Companhia aguarda melhores condições de mercado para a concretização da operação dentro da estratégia prevista. Alternativamente, já foram ampliados os prazos de pagamento junto a fornecedores de cana-de-açúcar e materiais, equilibrando o capital de giro no suporte à operação até a realização das captações bancárias.
Com o êxito na execução do plano até o momento, o Conselho de Administração, em decorrência de um cenário ainda desafiador, entende como necessária a adoção de outras ações com o objetivo de melhorar a estrutura de capital da Companhia e mitigar eventuais riscos na conclusão do processo de reestruturação do Negócio.
As medidas compreendem um aumento de capital futuro no montante de até R$ 150 milhões, mantendo inalterada proporcionalmente a composição das participações dos atuais sócios, reforçando a estrutura de capital e demonstrando o compromisso dos acionistas com a Companhia, a aceleração na venda de ativos, de forma a garantir liquidez e solidificar a estrutura de capital, e a antecipação de recebíveis de exportações de açúcar de safras futuras.
Com as iniciativas citadas, a administração espera concluir o processo de reestruturação previsto no planejamento estratégico, tendo ainda como fator excepcionalmente positivo, a forte alta do preço atual e perspectivas ainda crescentes em função do déficit mundial estrutural, apontados unanimemente pelos agentes de mercado nas respectivas projeções do balanço de oferta e demanda de açúcar para os próximos anos.

 

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