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Canavial velho ‘freia’ consumo de calcário

O envelhecimento dos canaviais do Estado de São Paulo e a estiagem reduzem o uso de calcário. Oficialmente, o consumo cresceu 9,4% entre janeiro de maio de 2018, na comparação com o mesmo período de 2017.

Essa comparação, no entanto, emprega bases reduzidas uma vez que o uso de calcário tem-se mantido contraído.

Segundo João Bellato Júnior, presidente do Sindicato das Indústrias de Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical), ao lado da citricultura o setor sucroenergético é o principal cliente da indústria paulista de calcário.

O desempenho de venda dos primeiros cinco meses do ano também foi freado pela greve dos rodoviários nos últimos dez dias maio. Até a paralisação, o Sindical registrava consumo superior em 13% ao registrado em 2017.

Fonte: Sindical

O consumo de calcário no agronegócio paulista ficou em 1,517 milhão de toneladas nos primeiros cinco meses do ano, ante 1,387 milhão em igual período de 2017. A produção nas indústrias associadas ao Sindical ficou na faixa de 1,143 milhão de toneladas, sendo que no ano passado atingiu 1,045 milhão de toneladas.

“A falta de chuvas afeta culturas, como a da cana-de-açúcar. Há relatos de áreas do estado em que o solo está duro como concreto”, conta Bellato.

Leia também: Curso discute novas tecnologias do setor sucroenergético 

Aposta no RenovaBio

O sindicato aposta no RenovaBio para ampliar as vendas de calcário. Tornado lei no fim de 2017, o programa de Estado pretende reduzir a emissão de poluentes a partir do aumento do consumo dos combustíveis limpos e renováveis, como o etanol e o biodiesel.

Para ajustar seus orçamentos, parte das usinas tem adiado a renovação dos canaviais. Nessa renovação, ocorre a aplicação do calcário, que corrige a acidez do solo e gera maior produtividade nas culturas.

A estimativa é que o Brasil, mesmo tendo mais de 2/3 de seus solos ácidos, ainda aplique somente metade do calcário necessário para essa correção.  (Com informações de Adalberto Mansur, do site do Sindical)

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