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Cana própria assegura crescimento da produção das usinas do Grupo EQM

Na safra que encerra agora em fevereiro as usinas devem moer juntas 2,350 milhões de toneladas de cana

Usina Utinga

Para o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, que engloba as Usinas Cucaú, em Rio Formoso – PE, e a Utinga, em Rio Largo – AL, o aumento do plantio de cana própria foi determinante para o aumento da produção das usinas, cuja safra se encerra no próximo mês de fevereiro.

“Ao contrário da região Centro-Sul, que sofreu uma severa crise hídrica, tivemos uma safra generosa de chuvas e precipitações. Nossa safra termina agora em fevereiro, devemos moer na Utinga 1.100 milhão, e em Cucaú 1.250 milhão de toneladas. Um crescimento considerável em relação à safra passada, quando as usinas moeram 720 mil e 1 milhão respectivamente. Para chegarmos a esses números, o plantio de cana própria foi fundamental. Na Cucaú, no ano passado tivemos 50% de cana própria e 50% de fornecedor. Esse ano vamos processar 750 mil toneladas de cana própria e 500 mil de fornecedor, totalizando 1.250 milhão”, explica Monteiro.

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Otimista, o empresário já projeta os números para a próxima safra. “Estamos mais animados, este ano, fizemos um trato cultural, fizemos um bom plantio de inverno e acredito que com as chuvas regulares deveremos ter uma elevação da safra no Nordeste. A expectativa é que a Usina Cucaú processe 1.400 milhão e Utinga entre 1.200 e 1.300 milhão”, informa.

À frente de usinas centenárias, a Cucaú completou 130 anos, em fevereiro do ano passado, e a Utinga 127 anos em agosto, Monteiro relembra que o grupo vem passando por um amplo trabalho de recuperação. “Como todo o setor, passamos por dificuldades nos anos 90 até 2010/2011. Em 2013 tivemos que enfrentar um processo de recuperação judicial, que já está praticamente concluído. E agora estamos num processo de retomar a lavoura, retomar a safra própria, modernização do parque industrial, e investir muito em logística. Já contamos com RenovaBio nas duas usinas e devemos continuar mantendo uma safra açucareira”, estima Monteiro.

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Usina Cucaú

“O Centro-Sul sofreu uma quebra expressiva, o Nordeste acabou capturando esses preços, porque temos uma vocação inequívoca para exportação, até pelas proximidades dos portos. Estamos animados e esperamos que os preços permaneçam nesse patamar, embora os custos tenham subido fortemente”, avalia o empresário.

Com relação à questão da venda direta de etanol aos postos de combustíveis, Eduardo Queiroz achou uma medida saudável. “Foi uma vitória de uma luta de muito tempo. Isso não vai prescindir das distribuidoras, que continuarão tendo um papel importante, pois os volumes são muito elevados. Vai ser útil para aqueles postos que estão próximos das plantas industriais, para o álcool não viajar muito”.

130 anos de atividade

Em setembro do ano passado, o Grupo EQM promoveu um evento para celebrar os 130 anos de atividade da Usina Cucaú. Na solenidade, que reuniu representantes do setor político, empresarial e jurídico, a usina comemorou os anos de tanto trabalho e empenho pelo fortalecimento do setor sucroenergético.

“O coração de Cucaú é grande, todas as referências aqui guardam uma relação com a usina. Cucaú está em um ponto generoso, uma boa topografia, mas nada é mais importante que a força de trabalho. Esse sentimento de pertencimento foi quem nos trouxe até aqui”, enfatizou Eduardo Monteiro.

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Eduardo de Queiroz Monteiro recebeu prêmio MasterCana Brasil 2021 como um dos mais influentes do setor

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, também presente no evento, destacou o desenvolvimento econômico que é promovido pela usina. “A Cucaú se adaptou aos novos tempos, ajudou a desenvolver a Mata Sul e região, gerando emprego e renda”, afirmou.

Ainda na solenidade, duas placas foram inauguradas na usina. Uma em homenagem aos 130 anos e outra em homenagem ao centenário já completado.

Para Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE e vice-presidente da Fiepe, a Usina Cucaú nesses 130 anos retrata em sua trajetória, um verdadeiro símbolo de empresa obstinada pelo empreendedorismo, sendo detentora, desde sempre, de imensa capacidade de resiliência. “O seu presidente, Eduardo de Queiroz Monteiro, é um incomum articulador que faz a diferença nessa significativa longevidade de 130 anos”, disse.

Plinio Nastari, presidente da DATAGRO,, disse que “a Cucaú é um exemplo de resiliência não só pelos 130 anos de operação, mas pelos momentos marcantes que ela teve que superar na sua existência”.

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O reconhecimento ao empresário também foi feito durante a cerimônia de premiação do MasterCana Brasil 2021 realizado na capital paulista, recentemente. Eduardo Monteiro foi considerado um dos mais influentes do setor sucroenergético.

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