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Brasil só aproveita 2% de sua capacidade de geração de biometano

Para especialista exploração do biometano pode levar o Brasil para a “Champions League” do jogo ambiental

Segundo o especialista em agronegócio, Marcos Fava Neves, o Brasil aproveita só 2% daquilo que poderia, para geração de biogás e biometano. “Imagina trazer esses 98% desses produtos que, entre aspas apodrece, e que nós não estamos usando para nossa matriz energética. Imagine o benefício que isso não vai trazer para o Brasil. Nós passaríamos a disputar a Champions League do jogo ambiental”, compara o especialista em alusão à principal competição continental entre clubes do futebol europeu.

Para Neves, o Brasil é muito bom de combustíveis renováveis, é muito bom no uso das nossas fontes de eletricidade, e pode ficar melhor ainda, com o uso do biogás e biometano para essas finalidades.

“É o empoderamento, porque o biogás é produzido do lado de onde ele é consumido. Você não precisa movimentar petróleo a longas distâncias. Você pode ter a sua própria fonte de energia. E para as empresas, só para concluir você imagina que interessante para uma fazenda, para uma granja, se você tirar o custo da energia. Você não é obrigado a comprar petróleo, comprar energia elétrica da rede e passa a ter a sua própria geração de energia com o biometano.  Isso daria uma injeção na margem das empresas, possibilitando até trazer redução de preços para o consumidor final”.

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Segundo Neves este é momento para a expansão de novas plantas de biogás. “Já está acontecendo. Hoje as empresas olharem para esse setor com escala ou capacidade de investimento. O governo também precisa facilitar a questão dos tributos, sobre os equipamentos que são usados para gerar energia e o despertar do empresariado, porque com o custo elevado da energia no mundo, todos estão de olho nessas fontes alternativas e o biometano aparece”, afirmou.

Para ele, é impressionante como podemos melhorar a pegada Ambiental do Brasil, usando esse tipo de energia, que vai baixar muito custo e vai possibilitar inclusive, a geração de empregos por conta de uma maior competitividade.

“As usinas de cana estão de olho nos projetos de biometano. As granjas também, porque você pode usar o esterco para produção de biometano e depois vira fertilizante que vai para as plantas. Então você diminui a necessidade de importação de fertilizantes, diminui a necessidade de importação de petróleo e os investimentos estão aí estão começando a acontecer”, finaliza o especialista.

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