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AbraPCH quer mudanças no edital do leilão A-5

A AbraPCH vai enviar na próxima segunda-feira, 23 de fevereiro, uma correspondência à diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica para reconsiderar a modalidade da audiência pública relativa ao edital do leilão A-5. A associação quer mudanças no edital do certame, previsto para ser realizado no dia 30 de abril, mas primeiro, vai pedir que a Aneel coloque uma sessão presencial na audiência, que recebe contribuições até o dia 6 de março apenas por intercâmbio documental.

abrapch-logo“Vamos fazer contato com o diretor-relator, André Pepitone, e entregaremos a correspondência para ele. Vamos pedir uma reunião já na semana que vem e conversar com ele, para que seu voto contemple a nossa demanda, de que haja sessão presencial. Nós consideramos que o assunto é importante para ser feito só por intercâmbio de documentos”, disse o presidente da AbraPCH, Ivo Pugnaloni, à Agência analEnergia.

Segundo ele, a associação vai enviar contribuição no período da audiência afim de modificar o edital do certame. A fundamentação da AbraPCH, conta Pugnaloni, é baseada no fato das PCHs, em leilões anteriores com editais similares, terem tido a possibilidade de vender apenas 1,25% de toda a energia comercializada nos leilões, embora tenha 9,4 GW disponíveis em projetos e outorgas. “Devido a esses editais, a forma como eles estão estruturados, não temos conseguido sucesso nos leilões. A nosso ver, falta isonomia, principalmente com outras fontes, e preço. A própria Aneel, em estudo realizado pela sua diretoria, já constatou que são inviáveis [os preços]”, apontou.

A associação defende que seja comprado nos leilões quantidades similares de todas as fontes, porque cada uma delas tem um período do ano em que é mais barata. “Não se pode colocar eólica para concorrer com hidrúalica, porque elas geram mais em períodos diferentes do ano”, analisou. O ideal, ainda de acordo com ele, é que o planejamento indicasse uma quantidade a ser adquirida de cada fonte, de forma que todos os períodos do ano tivessem, de alguma forma, energia renovável. “Da forma como está o edital, ele coloca as renováveis para competirem entre si, quando elas não são concorrentes, pelo contrário, se complementam ao longo do ano. Isso faria com que tivéssemos uma necessidade menor de energia termelétrica”, alerta.

(Fonte: Canal Energia)

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