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Ameaça da mecanização

“Se as máquinas começarem a trabalhar como manda a lei, em pouco tempo emprego para cortador de cana na safra vai ser algo raro. A cana é o que ainda nos mantêm vivos”, frisou João Venâncio, trabalhador rural que corta cana há mais de vinte anos, ressaltando que existem na região de Teotônio mais de sete usinas de cana-de-açúcar.

Os trabalhadores alegaram que apesar de ganhar pouco, o dinheiro vem garantindo sua sobrevivência. “Um cortador de cana ganha, por semana, de R$ 30 a R$ 60 e uma média de R$ 8, por dia. No fim do mês, conseguimos ter um salário que dá para nos manter. Se essas máquinas vierem mesmo, o que vai ser da gente?”, indagou Sebastião dos Santos, preocupado com as mudanças que estão por vir.

Porém, o medo não é compartilhado por todos. Alguns afirmam que a mudança exigiria alterações a médio prazo no plantio da cana. “É necessário que o plantio da cana seja alterado, para que as máquinas possam operar. E ainda há o problema de acesso, que em vários locais não existe”, salientou João José, trabalhador rural. (Gazeta de Alagoas)

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