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Alternativas urgentes

Bastou a British Petroleum parar a produção em uma refinaria no Alaska, que o petróleo reagiu com uma alta que quase o aproximou dos US$ 80 o barril. Este caso é apenas o último de uma série de eventos prosaicos que estão pouco a pouco elevando os preços do petróleo a patamares recordes. Um dia é uma onda de calor no hemisfério norte, outro dia é uma onda de frio. Um dia é uma greve na Nigéria, noutro, um atentado no Iraque. E os preços sobem.

Que o petróleo é finito e não renovável já sabemos há muito tempo. O que parece não estar muito claro para os gestores é a urgência pelas alternativas de longo prazo. A auto-suficiência, conquistada neste ano, só é suficiente por um curto período, enquanto durarem as reservas. Nosso vizinho, a Argentina, tornou-se auto-suficiente nos anos 80 e agora se prepara para voltar a ser um importador de petróleo e gás.

As pesquisas por alternativas passam por diferentes grupos e segmentos econômicos, não só pelas empresas de energia. Faz-se necessário elevar a autonomia dos automóveis (como os veículos híbridos elétricos japoneses), disseminar alternativas a partir da biomassa (álcool, biodiesel, H-Bio), desenvolver e sofisticar formas alternativas de geração de energia elétrica (eólica, hidroelétrica, ondas marinas), aumentar a eficiência energética dos eletrodomésticos. Enfim, oferecer cada vez mais uma maior gama de soluções mais renováveis e mais eficientes.

Ao mesmo tempo, torna-se necessário escapar da tentação de soluções fáceis, como a expansão da energia nuclear e do carvão mineral. Em ambos, há alto risco ambiental para o futuro, e em ambos está colocado o mesmo problema do petróleo: são fontes finitas. No caso da energia nuclear, coloca-se também na pauta um sério problema de segurança.

Nos centros decisores do mundo, estas questões já estão em discussão. Os Estados Unidos, altamente dependentes de petróleo, pode ultrapassar o Brasil em produção de etanol ainda este ano. Na Europa, expande-se a produção do álcool de beterraba e a mistura de biodiesel no óleo diesel. O Brasil, que detém o maior programa de biomassa do mundo, dá seus passos no biodiesel. Cabe agora apertar o passo para que o mercado tenha acesso às soluções o mais rápido possível.

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