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Alta dos combustíveis manteve taxa de inflação na “mesma”, diz IBGE

A alta do preço dos combustíveis, causada principalmente pelo etanol, manteve a taxa de inflação medida pelo IPCA “praticamente a mesma” em julho, afirmou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE (Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eulina Nunes dos Santos.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de julho registrou inflação de 0,16%, segundo divulgação desta sexta-feira (5).

Os problemas com a safra de cana de açúcar, combinado com o aumento da frota de carros flex, contribuiu para o aumento dos preços do etanol, que têm peso grande sobre o valor final da gasolina, item importante no cálculo do IPCA, explicou Eulina.

Em maio e junho, a colheita de cana contribuiu para a contenção da taxa, mas ao longo do ano, a influência do preço do etanol foi inflacionária, afirmou a economista.

“Todo o movimento que a gasolina tem feito nos últimos três anos é por conta do etanol, que aumentou bastante”, ressaltou Eulina, acrescentando que o último reajuste do preço do petróleo, em 2008, não foi repassado para o consumidor.

A alta acumulada da gasolina de janeiro a julho é de 6,30%, maior do que todo o índice acumulado em 2010, que foi de apenas 1,67%. De janeiro a julho, a alta do etanol foi de 10,19%, enquanto que a alta acumulada de janeiro a dezembro de 2010 foi de 4,36%.

A economista lembrou que já há aumentos em agosto que devem ter influência no IPCA, como os da taxa de água e esgoto e dos cigarros, com o novo regime tributário que aumentou o peso dos impostos no preço do produto.

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